sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz 2012 para todos!!!!!!!

Prezados companheiros do NEFCS,


Gostaria de desejar a todos vocês um ano de 2012 cheio de conquistas e superações. Espero que possamos estar sempre juntos e cada vez mais deixar a nossa Educação Física num patamar diferenciado.

Neste ano de 2011, o que mais encantou foi o fato de termos trabalhado em grupo. Tivemos vários eventos onde os estudantes se envolveram e deixaram um brilho especial. Conseguimos trazer grandes pesquisadores para nos visitar e conhecer o que temos feito. Entraram duas novas turmas neste ano e mais um novo curso se iniciou, a Licenciatura em Educação Física. Temos estudantes que estão tentando fazer estágio no exterior, outros estudantes estão envolvidos em projetos de pesquisa, monitoria e projetos de extensão. Os nossos estudantes fizeram toda diferença nos vários eventos oferecidos pelo nosso Núcleo e pelos demais Núcleos do CAV. Nossos professores estão engajados em projetos de melhoria do curso e em colaborações internacionais. Tivemos o prazer de receber 8 novos professores temporários que abrilhantaram mais ainda o nosso curso.
Eu acredito muito que tudo que conseguimos este ano foi fruto de um trabalho em grupo e de um pensamento que convergiu para o avanço de todos.

Que os momentos difíceis que passamos sirvam apenas para nos ensinar a não cometer os mesmos erros.
Que os momentos agradáveis que passamos sirvam para nos ensinar que em grupo tudo tem mais força.

Vocês são os responsáveis pela Nova Educação Física...aquela feita por profissionais sérios, comprometidos, responsáveis e respeitados. Estamos na torcida por vocês. Que venham os novos estudantes de bacharelado e de licenciatura...vamos cuidar deles.....vamos cuidar de nós!!!! SOMOS UM TIME!!!!

Um grande abraço a todos e tudo de bom pra vocês

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Comparação entre a Prescrição de Intensidade de Treinamento Físico Baseada na Avaliação Ergométrica Convencional

Comparação entre a Prescrição de Intensidade de
Treinamento Físico Baseada na Avaliação Ergométrica
Convencional e na Ergoespirométrica


Maria Urbana Pinto Brandão Rondon, Cláudia Lúcia de Moraes Forjaz, Newton Nunes,
Sandra Lia do Amaral, Antonio Carlos Pereira Barretto, Carlos Eduardo Negrão

Arq Bras Cardiol, volume 70 (nº 3), 159-166, 1998

Objetivo - Comparar os limites inferiores (L.inf.) e superiores (L.sup.) da prescrição de treinamento físico aeróbio determinada pelo teste ergométrico convencional (60-70% do VO2 máx estimado ou 70-85% da FCmáx atingida), com a prescrição obtida pelo teste ergoespirométrico [limiar anaeróbio (LA) e ponto de compensação respiratória (PCR)].
Métodos - Realizaram teste ergoespirométrico progressivo até a exaustão 47 homens (30±5 anos), divididos em subgrupos, de acordo com a velocidade da esteira durante o teste (4 ou 5mph) e a capacidade física medida [baixa (BCF) e moderada (MCF)].
Resultados - Os L.inf. de prescrição indireta apresentaram valores de VO2 e FC significantemente maiores que os valores de VO2e FC no LA. Os L.sup. de prescrição indireta no grupo de 4mph e BCF apresentaram valores de VO2 significantemente maiores que os valores medidos no PCR e valores de FC semelhantes aos medidos no PCR.
Conclusão - Os L.inf. da prescrição indireta de treinamento físico superestimam o LA, enquanto os L.sup. parecem adequados somente para indivíduos ativos com MCF.

Palavras-chave: prescrição de exercício, freqüência cardíaca, consumo de oxigênio máximo

domingo, 25 de dezembro de 2011

Fatores motivacionais de adesão a grupos de corrida

Motriz, Rio Claro, v.14 n.2 p.108-114, abr./jun. 200


Adriana Barni Truccolo, Paula Andreatta Maduro, Eduardo Aguirre Feijó



Resumo:
O propósito desta investigação foi determinar as razões que levam homens e mulheres a participarem de grupos de corrida de rua. Estudo com amostragem por clusters, composta por 68 adultos, sendo 34 homens, com idade variando entre 22 e 57 anos de idade. A coleta dos dados aconteceu em uma corrida de rua, quando foram percorridas as tendas de assessorias esportivas e solicitado aos corredores com número de inscrição ímpar, que preenchessem um questionário. Os resultados foram analisados através do teste t de student a um nível de significância de 5% e mostraram diferenças significativas entre homens e mulheres. As razões mais importantes para as mulheres aderirem a um programa com assessoria técnica foram: melhora do condicionamento físico e saúde, apreciar estar ao ar livre, aumento da auto-estima e melhora da aparência física. Para os homens, as razões mais importantes foram: diminuição da ansiedade, melhora do condicionamento físico e saúde, redução do estresse, melhora da auto-estima e apreciar estar ao ar livre. O grupo como fator motivador foi significativamente mais importante para as mulheres (75%) do que para os homens (40%). O conhecimento das razões que leva o indivíduo à busca do exercício físico fornece ferramentas ao profissional de educação física para
que elabore programas que promovam a adesão à prática do mesmo.
Palavras-chave: Motivação. Exercício. Corrida.


Motivational factors of adherence to running groups

Abstract:
The purpose of this investigation was to determine the reasons for men and women to participate of street running groups. Study with clusters sample, composed by 68 adults, being 34 men, with age varying between 22 and 57 years of age. The data collection happened in a street race, when the tents of sports advisors were visited and requested to the runners with uneven number of registration to fill a questionnaire. The results had been analyzed through the student t test to a level of significance of 5% and had shown significant differences between men and women. The reasons most important for women to adhere to a program with sport advisor were: improvement of physical conditioning and health, appreciate to be outdoors, increase of auto-esteem, and to feel that physical appearance improved. For the men, the
reasons most important were: to feel itself less anxious, improvement of physical conditioning and health, form to reduce stress, improvement of auto-esteem and appreciate to be outdoors. The group as a motivational factor was significantly more important for the women (75%) than for the men (40%). The knowledge of the reasons that takes the individual to search for a definitive type of exercise supplies the
physical education professional the tools to elaborate efficient programs and promote the adhesion to the ones.

Key Words: Motivation. Exercise. Running

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

normalização da força e torque muscular em crianças e adolescente

Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2011, 13(6):468-476

Giovani dos Santos Cunha
Marco Aurélio Vaz
Álvaro Reischak de Oliveira


Os métodos tradicionais de normalização dos dados de força muscular (FM) e
torque muscular (TM) têm sido considerados inadequados para ajustar apropriadamente os efeitos da massa corporal em crianças e adultos. A alometria tem demonstrado ser o método mais eficiente para comparar indivíduos de diferentes dimensões corporais. Entretanto, os valores que o expoente alométrico pode assumir para FM e TM ainda são controversos e dependem de diversos fatores relacionados à composição corporal, sexo, idade, tipo de contração e modalidade esportiva. O volume muscular (VM), atualmente, tem demonstrado ser a variável emergente para a normalização dos dados de FM e TM.
palavras-chave: Crianças; Força muscular; Torque.

Traditional methods of normalization of muscle strength (MS) and muscle torque (MT) have been considered inadequate to properly adjust the effects of body mass in children and adults. Allometry has proved to be the most efficient method to compare individuals of different body dimensions. However, the values that the allometric exponent may show for MS and MT are still controversial and depend on many factors related to body composition, sex, age, type of contraction, and type of sport. Muscle volume (MV) has been suggested as the emerging variable for normalization of MS and MT.
Key words: Muscle strength; School children; Torqu

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Efeitos de um programa de treinamento neuromuscular sobre o consumo máximo de oxigênio e salto vertical em atletas iniciantes de voleib

Rev Bras Med Esporte Vol. 12, Nº 1 – Jan/Fev, 2006


Alexandre Altini Neto
Ídico Luiz Pellegrinotti
Maria Imaculada L. Montebelo

RESUMO
As alterações ocorridas na performance motora de jovens envolvidos em treinamentos especializados ainda não são muito claras. Este é um conhecimento de suma importância para a correta
prescrição desses treinos. O objetivo deste estudo foi verificar a
influência do treinamento nas variáveis neuromotoras e orgânicas
de jovens atletas na modalidade voleibol em diferentes momentos do programa. Foram selecionadas nove atletas, do sexo feminino, da equipe infantil, do Clube de Campo de Piracicaba/SP, na
faixa etária de 14 e 15 anos, para a realização dos testes: alcance
de ataque e bloqueio e o teste de 1.000 metros, com o objetivo de
avaliar, em três momentos distintos, o programa de treino sugerido. Foram realizadas quatro coletas de dados, a primeira na apresentação das atletas, a segunda no final da etapa geral, a terceira
no final da etapa especial e a última no final do período competitivo. No período preparatório foram utilizados exercícios com o objetivo de melhorar o desempenho das atletas na realização das
ações motoras do jogo. No competitivo foram realizados exercí-
cios com o objetivo de manter os índices de rendimento alcançados anteriormente, priorizando os exercícios coletivos envolvendo a técnica e a tática da modalidade. Com base na análise
estatística dos dados, obtida através do cálculo da média, desviopadrão, nível de significância (p < 0,05) e delta percentual, foi possível concluir que na etapa geral do período preparatório houve
aumento nos índices de força de membros inferiores e da resistência geral; na especial, continuou-se com a tendência de aumento. No período competitivo ocorreu a manutenção dos resultados, o que corrobora a eficácia do programa de treino sugerido
para as capacidades físicas estudadas

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A Psicologia do Esporte: uma atualização teórica.

A Psicologia do Esporte: uma atualização teórica.
Escrito por João Ricardo Cozac
Fonte: http://www.ceppe.com.br/index.php/psicologia-esportiva.html

A Psicologia do Esporte é uma nova ciência do treinamento esportivo que tem prestado importantes contribuições para a otimização da performance de atletas e equipes.

Dar aos atletas respaldo psicológico é tão importante quanto lhes fornecer uma alimentação balanceada, programada por nutricionistas. Afinal, o corpo físico e o mental são as duas faces de uma mesma unidade e merecem a igual atenção (Becker Jr, 1998). Cuidar do corpo significa também percebê-lo como um todo unificado, do qual fazem parte emoções e estruturas mentais. O papel do psicólogo responsável pela saúde psíquica de um time se desenvolve a partir de uma abordagem das emoções vivenciadas pelos jogadores em sua rotina de trabalho (Franco, 2000).

É comum ouvir grandes atletas e treinadores dizerem: "temos que nos preparar psicologicamente para esta partida" ou "fisicamente o time está bem, mas psicologicamente vem passando por dificuldades" ou, ainda, "temos que elevar o moral para virarmos o jogo" (Becker Jr, 1998, p. 31).

As demandas psicológicas esportivas são inegáveis. Muitos atletas acabam sucumbindo diante de dificuldades que poderiam ser minimizadas caso houvesse um maior interesse de treinadores e dirigentes na contratação de psicólogos esportivos.

Considerando o aspecto bio-psico-social humano, o atleta poderá se deparar com necessidades em quaisquer das esferas acima citadas: biológica, psicológica ou social (Weinberg, 2001).

Assim sendo, se existem necessidades no plano biológico é preciso estar atento ao profissional capacitado para intervir no problema em questão, seja ele o nutricionista, o ortopedista, o clínico geral, o fisioterapeuta ou o cirurgião. Cada um atuando dentro de sua esfera e área de competência. O mesmo deve valer para o plano social e psicológico (Becker Jr, 1998).

Existe, na área esportiva, uma necessidade plena de auxílio aos atletas. No entanto, a presença deste profissional nas Comissões Técnicas não tem sido bem compreendida.

Será que a ciência não deve ser aplicada ao esporte? Será que a psicologia não é tida como ciência por aqueles envolvidos no esporte? Se a ciência não lhe pudesse ser aplicada, certamente confiaríamos o joelho lesionado do Ronaldinho a um curandeiro ou qualquer outro especialista que não tivesse formação científica para solucionar ou propor solução para o problema.

Para que se alcance o perfeito entendimento acerca da teoria e prática da Psicologia do Esporte, importa esclarecer seu conceito, proposta e objetivos.

Segundo a American Psychological Association (APA), "a psicologia do esporte é o (a) estudo dos fatores comportamentais que influenciam e são influenciados pela participação e desempenho no esporte, exercício e atividade física e (b) aplicação do conhecimento adquirido através deste estudo para a situação cotidiana" .

Benno Becker Jr., presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia do Esporte, afirma que "há uma disciplina chamada psicologia aplicada ao exercício e ao esporte e esta investiga as causas e os efeitos das ocorrências psíquicas que apresenta o ser humano antes, durante e após o exercício ou o esporte, sejam estes, de cunho educativo, recreativo, competitivo, ou reabilitador" (1999, p 17)

A Psicologia do Esporte tem por finalidade investigar e intervir em todas as variáveis que estejam ligadas ao ser humano que pratica uma determinada modalidade esportiva e, em seu desempenho (Becker Jr, 1999).

Para muitos, esta nova ciência é aplicada apenas em atletas de alto desempenho. Vale ressaltar que a Psicologia Esportiva tem um alcance ainda maior do que o acima citado. Psicólogos esportivos podem atuar em academias de ginástica, escolas, centros recreativos, clubes e programações educacionais junto a educadores físicos.

Vários outros segmentos da psicologia têm influenciado a Psicologia do Esporte na medida em que contribuem para a ampliação do conhecimento dos fenômenos psicológicos que englobam a atividade esportiva. Entre eles, a psicologia social, a do desenvolvimento, a clínica, a experimental, a organizacional, a da personalidade e a educacional (Weinberg, 2001).

Vale ressaltar a importância dos conhecimentos práticos da modalidade esportiva a ser trabalhada pelo psicólogo. O objeto de estudo deve ser algo familiar ao profissional, para que o mesmo possa compreender o discurso e as demandas dos atletas.

A Psicologia do Esporte é uma ciência (Becker Jr, 2000). Pesquisas têm sido feitas ao longo dos anos no intuito de confirmar hipóteses formuladas, consolidar teorias e, enfim, aplicá-las, intervindo eficazmente junto aos atletas. No Brasil existem alguns centros de publicações científicas com reconhecimento internacional: o Laboratório de Psicologia do Esporte (LAPES), na UFMG, cujo diretor é o Dr. Dietmar Samulski e o Departamento da Pós-Graduação da UFRGS, cujo coordenador é o Dr. Benno Becker Junior.

A Psicologia do Esporte, segundo a Federação Européia de Associações de Psicologia do Esporte – Fepsac (1996), se refere aos fundamentos psicológicos, processos e conseqüências da regulação psicológica das atividades relacionadas ao esporte, de um ou mais praticantes dos mesmos. O foco deste estudo está nas diferentes dimensões psicológicas da conduta humana: afetiva, cognitiva, motivadora ou sensório-motora (Becker Jr, 1999). Os sujeitos investigados são os envolvidos nos esportes ou exercícios, como atletas, treinadores, árbitros, professores, psicólogos, médicos, fisioterapeutas, espectadores, pais etc.

A Psicologia do Esporte visa compreender melhor as demandas implicadas nestas atividades e dar uma assistência aos seus praticantes propondo um crescimento global e harmônico de sua personalidade. Objetiva, também, estudar o efeito do exercício sobre a área emocional do indivíduo como daquele portador de patologias (Becker Jr, 1986). Esta nova disciplina faz parte das ciências do movimento humano e das ciências do esporte.

A Psicologia do Esporte é o estudo científico de pessoas e seus comportamentos em contextos esportivos e de exercício e aplicações práticas de tal conhecimento (Gill, 1986). Os psicólogos do esporte identificam princípios e diretrizes que os profissionais podem usar para ajudar adultos e crianças a participarem e se beneficiarem de atividades esportivas.

Existe certa dificuldade em determinar o início preciso da Psicologia do Esporte num país, sem correr o risco de cometer várias injustiças, mormente no Brasil onde estes eventos têm pouca ou nenhuma divulgação (Becker Jr, 2000). Os registros oficiais mostram quem a Psicologia do Esporte, no Brasil, está em sua quarta década (Feige,1977). O início se deu com o professor João Carvalhaes em 1954, no Departamento de Árbitros da Federação Paulista de Futebol. Quarenta e cinco anos é uma idade que, no ser humano pode significar a maturidade, reflexo de ricas experiências. Em relação à Psicologia do Esporte, no entanto, o caminho percorrido ainda não trouxe a desejada maturidade.

Ainda com relação ao professor Carvalhaes, é preciso que sejam tecidas algumas considerações. Na época em que atuou como psicólogo da Seleção, os testes aplicados por ele reprovaram o Mané Garrincha que, posteriormente, foi o grande astro da Seleção. O que as pessoas esquecem é que o jogador faleceu de cirrose hepática, em péssimas condições psicológicas. Se as ferramentas utilizadas pelo professor não foram eficazes para a seleção e traço de perfil psicológico esportivo, certamente já davam mostras da fragilidade de um dos maiores astros do futebol brasileiro de todos os tempos.

A evolução da Medicina do Esporte acrescentou um crescimento científico importante, tanto para a Educação Física quanto para o desporto nacional. Três laboratórios de pesquisa do exercício (Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro) foram criados. Foi iniciada aí a base para a evolução das diversas disciplinas que integram as ciências do movimento humano como a Biomecânica, a Cineantropometria, a Fisiologia e a Psicologia. O início da segunda geração de psicólogos no Brasil aconteceu em 1975, envolvendo Benno Becker Junior (Porto Alegre) Sandra Cavasini (São Paulo) e João Alberto Barreto (Rio de Janeiro). A partir de então, quase a totalidade dos eventos científicos de Educação Física, esporte ou Medicina do Esporte, passou a contar com a participação da Psicologia do Esporte em suas sessões.

O psicólogo esportivo foi o último integrante da comissão técnica interdisciplinar a ser reconhecido pelos clubes. Até hoje, o psicólogo sofre com o preconceito e a desinformação daqueles que, supostamente, deveriam zelar pelo bem estar dos atletas. Quando um novo profissional da área da saúde ingressa numa equipe de trabalho, mobiliza uma série de mecanismos psíquicos nos seus integrantes (simpatia, resistência etc.). Se este novo profissional é um psicólogo, pode ocorrer uma mobilização maior entre os membros da equipe. A percepção que cada ser humano tem do psicoterapeuta é bastante variável. Pode incluir desde expectativas de grande ajuda (beirando até o sobrenatural) até ansiedades persecutórias nos sujeitos mais inseguros. Lacrampe e Chamalidis (1995) afirmam que a percepção do serviço de Psicologia do Esporte depende da interação de fatores como experiência passada dos atletas com o Psicólogo esportivo, expectativas do grupo, confiança mútua e a especificidade da situação. A partir destes elementos, é de grande importância o modo pelo qual o psicólogo será apresentado aos membros de uma equipe esportiva.

Uma apresentação seguida de um grande currículo pode atrapalhar, pelo desnível que eventualmente despertará no atleta (e nos outros profissionais), frente a este novo integrante da equipe técnica e, também, pela tendência a atribuir-lhe onipotência, inclusive através da idealização de que o psicólogo possui poderes mágicos e que resolverá todos os problemas da equipe. Esses sentimentos podem, se não forem equacionados rapidamente, concorrer para um relacionamento cheio de conflitos entre o psicólogo e os demais integrantes da equipe. Se o psicólogo aceitar esta auréola de mágico, poderá ser, em pouco tempo, rejeitado e aniquilado pelos integrantes do grupo. Uma apresentação simples, com nome, função, experiência e objetivos parece suficiente (Becker Jr, 2000).

A apresentação e o pré-projeto psicológico são de extrema valia. Uma explicação simples sobre o que faz ajudará bastante, pois, embora tenha melhorado muito a informação sobre suas funções, ainda há quem o classifique como alguém que trata de loucos. Possivelmente, tal resistência também tenha ocorrido quando do início da atividade do médico e do dentista no esporte (Becker Jr, 2000).

Atualmente, procura-se um médico diante de qualquer distúrbio orgânico e, quando um dente dói, seguramente não se pensará em outro profissional que não seja um dentista. Mostrar aos atletas que cada um deles contribui com seus esforços e sua técnica para alcançar os objetivos da equipe e de que ele, psicólogo, a partir de agora, fará parte desta equipe utilizando sua técnica para o progresso do grupo, certamente é o caminho adequado para o início de um trabalho (Becker Jr, 2000). É também oportuno acrescentar que um trabalho psicológico tem pouco valor se não for acompanhado de uma preparação físico-técnico-tática e um cuidado da parte médica e administrativa. Desta forma, o psicólogo tratará por estabelecer, desde logo, um bom vínculo com a equipe técnica, os dirigentes e atletas.

Dependendo do nível da equipe e do tipo de esporte (no caso o futebol tem, sem a menor sombra de dúvidas, o maior espaço na mídia), é possível que a imprensa ofereça alguma divulgação. Será indicado prestar algumas informações aos repórteres e explicar que várias outras coisas não poderão ser objetos de divulgação—devido à ética profissional.

A posição do psicólogo esportivo nos clubes deve ser discreta. As informações por ele colhidas são de uso interno, não sendo passives de conhecimento público.

O psicólogo esportivo tem, por norma de atuação, o respeito por algumas etapas de implantação de seu programa de Psicologia Esportiva, como veremos a seguir.

ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE PSICOLOGIA ESPORTIVA

1. Informação

Etapa em que o psicólogo informa a todos os componentes do grupo esportivo

(Becker Jr 2000), como funciona um programa de Psicologia Esportiva. Neste momento, recolherá informações básicas sobre como funciona a instituição e o grupo esportivo em que vai trabalhar. Para isto utiliza entrevistas, inventários e observações pessoais. É de fundamental importância ouvir a avaliação do treinador e dos membros da equipe técnica a respeito de como funciona a dinâmica do grupo esportivo.

1. Pré-programa

O pré-programa, estruturado de acordo com as informações obtidas pelo psicólogo sobre o funcionamento da instituição e do grupo esportivo, deverá ser apresentado aos dirigentes e grupo técnico para discussão (Becker Jr, 2000). Se os dirigentes e o grupo técnico aprovarem o pré-programa, ele passará a ser o programa. Deve haver uma co-responsabilidade de todo o grupo para a implantação do mesmo.

1. Programa

Sempre que se inicia um trabalho, em qualquer área da atividade humana, é necessária uma avaliação prévia. Esta deve enfocar o indivíduo e o grupo. Mesmo nos esportes individuais, o técnico trabalha com um grupo de atletas e devemos verificar sua dinâmica. Assim (Becker Jr, 2000), alguns procedimentos como testes, entrevista e observação de conduta são sugeridos.

Estamos presenciando a evolução da Psicologia (Weinberg, 2001), um momento de reavaliações das ferramentas de diagnóstico de grupo e individual. Através de entrevistas que poderão confirmar (ou não) aspectos detectados nos testes, será mais eficaz o levantamento dos níveis de ansiedade (Becker Jr, 2000), do estado emocional em treinamentos e competições, da agressividade (extra e intra punitiva) da atenção (concentrada e difusa), da depressão, da motivação e outros fatores, podem ajudar o psicólogo a conhecer um pouco mais o desportista objeto de seu estudo.

A avaliação do atleta não é feita através de um teste psicotécnico que aprova ou reprova candidatos (Becker Jr, 2000). Na Copa de 1962, o psicólogo João Carvalhaes solicitou o desligamento de vários atletas da seleção pois seus testes eram pobres. Devido à falta de experiência na área, o profissional colocou em risco o sucesso de sua atuação por não observar a conduta esportiva dos atletas (Becker Jr, 2000).

Muitos clubes gastam fortunas contratando atletas que são indicados pelos famosos olheiros (Becker Jr, 2000), observadores de treinos e de partidas que opinam a respeito dos desportistas. Um fator que todo clube exige é o exame médico (Becker Jr, 2000), para detectar se o jogador não tem alguma enfermidade encoberta. Em alguns casos, falta a aplicação de um exame psicológico para complementar o diagnóstico inicial do jogador novato. A conduta de um atleta dentro de uma nova equipe não será, necessariamente, a mesma que tinha na equipe anterior, uma vez que o ambiente e os companheiros de equipe são outros (Weinberg, 2001). Desta forma, é importante, além de uma avaliação individual, um exame grupal para que o psicólogo entenda a dinâmica do grupo com que irá atuar.

Somente através desta primeira investigação, o psicólogo esportivo estará capacitado para intervir no grupo, utilizando as técnicas e ferramentas desenvolvidas em trabalhos e estudos científicos.

Respeitar estas normas, utilizando-as com simplicidade, compromisso e ética, determinará o sucesso de sua empreitada profissional.

Usualmente quando uma área do conhecimento se aproxima de outra é devido à necessidade de que informações de uma área sejam aplicadas na outra. Dentre tantas formas da psicologia se aproximar e auxiliar a profissionais da área de educação física (técnicos, professores e atletas), existe o trabalho de psicólogos voltado para o estudo e aprimoramento da performance de atletas.

Este tipo de trabalho junto a atletas (quer sejam de alto nível ou não) é um trabalho especializado que exige do psicólogo conhecimentos específicos da psicologia esportiva, de biologia, de educação física, aspectos culturais da modalidade e do local onde se treina e compete, entre outros.

Com várias décadas de estudo de alto nível sendo realizados por algumas das maiores universidades do mundo e aplicados junto a atletas de elite mundial, a psicologia esportiva é uma ciência bastante utilizada por comissões técnicas de grandes potencias esportivas devido aos seguintes fatores: resultados positivos obtidos; excepcional relação custo/benefício; pesquisas constantes que possibilitam novas e úteis descobertas; desenvolvimento de técnicas não invasivas, de fácil assimilação por parte dos atletas; a possibilidade de trabalhar aspectos relevantes de ordem comportamental e emocional com critério e profissionalismo.

Em uma nação esportiva que combina características de carência econômica com grande nível técnico (com inteligência e criatividade) de atletas, como o caso do Brasil, a implementação do trabalho da psicologia esportiva voltado para a otimização de performance é uma alternativa valiosa como auxiliar na obtenção de padrões de desempenho mais altos e constantes.

Associação Americana de Psicologia. Com cede nos Estados Unidos, a APA tem por objetivo, a atualização e conceitualização de novos campos de atuação da Psicologia no mundo.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Dor músculo-esquelética em adolescentes obesos

J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2011, vol.87, n.4, pp. 329-335. ISSN 0021-7557. http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572011000400010.


OBJETIVO: Avaliar presença de dor, síndromes músculo-esqueléticas, alterações ortopédicas e uso de computador e videogame em adolescentes obesos. MÉTODOS: Um estudo transversal avaliou 100 adolescentes consecutivos com obesidade e 100 eutróficos a partir de um questionário confidencial, autoaplicável, incluindo dados demográficos, prática esportiva, sintomas dolorosos do sistema músculo-esquelético e uso de computador e videogame. Pré-teste e reteste do questionário foram realizados. O exame físico avaliou seis síndromes músculo-esqueléticas e sete alterações ortopédicas. RESULTADOS: O índice de kappa entre pré-teste e reteste foi 0,724. Dor e síndromes músculo-esqueléticas foram igualmente prevalentes nos dois grupos (44 versus 56%, p = 0,09; 12 versus 16%, p = 0,541; respectivamente). Entretanto, alterações ortopédicas (98 versus 76%, p = 0,0001), encurtamento de quadríceps (89 versus 44%, p = 0,0001) e geno valgo (87 versus 24%, p = 0,0001) foram significantemente mais evidenciados nos obesos versus controles. As medianas do tempo de uso do computador no dia anterior à pesquisa, nos sábados e domingos foram menores nos obesos (30 versus 60 minutos, p = 0,0001; 1 versus 60 minutos, p = 0,001; 0 versus 30 minutos, p = 0,02; respectivamente). Uso de minigame foi menor nos obesos (2 versus 11%, p = 0,003), não havendo diferença no uso de videogame nos dois grupos (p > 0,05). Comparações entre obesos com e sem dor evidenciaram maior frequência no gênero feminino (59 versus 39%, p = 0,048) e maior mediana de tempo de uso nos domingos [0 (0-720) versus 0 (0-240) minutos, p = 0,028]. CONCLUSÕES: Obesidade pode causar danos ao sistema osteoarticular no início da adolescência, principalmente nos membros inferiores. Programas específicos para adolescentes obesos do sexo feminino com dor músculo-esquelética precisam ser desenvolvidos.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Growth references for Brazilian children and adolescents: Healthy growth in Cariri study.

Ann Hum Biol. 2012 Jan;39(1):11-8. Epub 2011 Nov 17.

Simonete Pererira da Silva, Maia J, Claessens AL, Beunen G, Pan H.
Source

Departamento de Educação Física, Universidade Regional do Cariri , Ceará , Brazil.

Abstract
Aim: To construct reference values for height, body mass and BMI of children and adolescents from the Cariri region, Brazil; to compare the growth of Cariri children with those from CDC (Centers for Disease Control and Prevention) and with references from other Brazilian regions; to verify the associations between socioeconomic status and height, body mass and BMI in children and youth from both sexes. Subjects and methods: The sample comprised 3311 girls and 3280 boys aged 7-17 years, participating in the study 'Healthy Growth in Cariri'. Socioeconomic status was defined according to school attendance: private and public. Centile curves for height, body mass and BMI were constructed using the LMS method. Results: Significant differences between children and adolescents from Cariri and those from other Brazilian regions and the CDC references were found for height and body mass. In girls from private schools, average differences in height compared to the CDC references ranged from 0.79-5.9 cm and in boys from 2.9-8.6 cm. Conclusion: Children from Cariri show a growth pattern in height, body mass and BMI that closely resembles the patterns observed in developed countries, but the absolute values in height and body mass are markedly lower than CDC references and growth references for other regions in Brazil.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Professores da UFPE integram a Academia Pernambucana de Ciências

Professores da UFPE integram a Academia Pernambucana de Ciências



A Academia Pernambucana de Ciências (APC) recebe, na quinta-feira (15), os novos pesquisadores que farão parte do corpo social de acadêmicos da instituição. A posse, restrita aos convidados, acontecerá às 19h30 no auditório da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), na Avenida Cruz Cabugá, 767, Santo Amaro. Fundada em 1978, a APC é considerada de utilidade pública estadual (lei 11.345/1996).

Foram analisados e aprovados por unanimidade pelo Conselho Técnico Científico da APC os currículos dos professores da UFPE Antônio Jorge de Siqueira, Edmilson Santos de Lima, Gauss Moutinho Cordeiro, Helen Jamil Khoury, Luiz Bezerra de Carvalho Junior, Luiz Cláudio Arraes de Alencar, Margareth Mascarenhas Alheiros e Raul Manhães de Castro.
Também recebem as boas-vindas o reitor da Universidade de Pernambuco (UPE),
Carlos Fernando de Araújo Calado; o reitor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Pedro Rubens Ferreira Oliveira; o professor da Unicap José Orlando Vieira Filho; o professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) José Vargas de Oliveira e o geólogo Waldir Duarte Costa, da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Modelação longitudinal dos níveis de coordenação motora de crianças dos seis aos 10 anos de idade da Região Autônoma dos Açores, Portugal

Rev. bras. Educ. Fís. Esp. v.24 n.2 São Paulo jun. 2010

Renata Karine Batista Coelho de Deus; Alcibíades Bustamante; Vitor Pires Lopes; André Teixeira e Seabra; Rui Manuel Garganta da Silva; José António Ribeiro Maia

Faculdade de Desporto, Universidade do Porto - Portugal
Universidade Nacional de Educación" Enrique Guzmán y Valle" - La Cantuta - Lima - Peru
Departamento de Ciências do Desporto, Instituto Politécnico de Bragança - Portugal

RESUMO

Este estudo é percorrido por três principais objetivos: 1) caracterizar o desenvolvimento modal e as diferenças inter-individuais da coordenação motora; 2) verificar a existência de um efeito associado ao gênero; 3) testar a relevância de preditores do desenvolvimento da Coordenação motora (CoM) tais como o IMC e os níveis de Atividade Física. A amostra é constituída de 285 crianças (143 meninos e 142 meninas). A coordenação motora foi determinada a partir da bateria de testes KTK (Equilíbrio em deslocamento para trás, Saltos laterais, Saltos monopedais e Transposição lateral). O questionário de Godin e Shephard (1985) foi utilizado para avaliar a Atividade Física. As estatísticas descritivas básicas foram calculadas no SPSS 15. A mudança intra-individual e as diferenças inter-sujeitos foram efetuadas no programa estatístico HLM, versão 6. É visível um incremento dos valores médios, em ambos os sexos, para as todas as provas do KTK, bem como do IMC e o dos níveis de Atividade Física. Os melhores resultados foram observados nas crianças que estavam no 1º quartil do IMC e no 3º da Atividade Física. Os resultados reafirmam a necessidade de uma estrutura didático-metodologica das aulas de Educação Física para que as crianças alcancem níveis adequados de coordenação para sua idade.

Unitermos: Coordenação motora; Crianças; Estudo longitudinal; Modelação hierárquica.

ABSTRACT

This study aims at: 1) describing models for developmental changes and interindividual differences in gross motor coordination (CoM); 2) verify the presence of gender effects; 3) and test the importance of BMI and physical activity level in motor coordination (CoM) development. Sample size comprises 285 children (143 boys and 142 girls). Motor coordination was evaluated with the test battery" Körperkoordinationstest für Kinder" (KTK) consisting of four tests: backward balance (ER), jumping sideways (SL), hopping on one leg (SM), and shifting platforms (TL). Godin and Shephard's questionnaire was used to evaluate children's physical activity level. Basic statistics were computed in SPSS. Intraindividual changes and interindividual differences were estimated within the framework of multilevel modeling using the HLM software, version 6. Mean significant changes were noticed on both genders in CoM, BMI and physical activity. Best CoM values were found for children in the 1st quartile of BMI and 3rd quartile of physical activity. These results call for a closer attention to novel approaches of didactical issues in the preparation of physical education classes, so that all children may achieve adequate levels of success according to their age.

Uniterms: Motor coordination; Children; Longitudinal; Hierarchical modeling.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Aspectos gerais da deficiência de ferro no esporte, suas implicações no desempenho e importância do diagnóstico precoce

Rev. Nutr. vol.24 no.3 Campinas May/June 2011

RESUMO

A ingestão inadequada de ferro pode trazer consequências deletérias ao desempenho atlético. Os aspectos negativos provenientes da deficiência orgânica de ferro estão diretamente relacionados com os níveis de depleção desse mineral, que, em sua última instância, tem como principal agravo o desenvolvimento da anemia ferropriva. O presente artigo esclarece que, além da omissão férrica dietética, existem vários fatores agregados que não estão vinculados apenas à dieta, mas que, no conjunto, podem interferir sobre o balanço negativo do ferro, principalmente em atletas. Dentre os fatores etiológicos associados à prática esportiva, os mais evidentes são as hemorragias gastrintestinais, as hemólises por impacto e por radicais livres e as perdas férricas através da transpiração. Nota-se a suma importância do controle da ingestão de ferro e da manutenção de uma vigilância para a detecção precoce da deficiência desse mineral, evitando alteração na produção normal de hemoglobina e de outros compostos essenciais, o que pode causar redução considerável no desempenho do indivíduo, principalmente aeróbico. Embora seja crucial o papel da suplementação no restabelecimento do indivíduo com deficiência de ferro, a automedicação é contraindicada, devido às consequências negativas associadas às altas doses desse mineral. A abordagem desse tema é de extrema relevância para o meio esportivo, contendo informações sobre a anemia esportiva e o diagnóstico da deficiência de ferro, em uma revisão que visa o esclarecimento dos principais fatores etiológicos envolvidos.

Termos de indexação: Anemia ferropriva. Atividade física. Atletas.

ABSTRACT

Inadequate iron intake can have a negative impact on athletic performance. The negative aspects caused by iron deficiency are directly related to the depletion levels of this mineral, and ultimately results in iron-deficiency anemia. The present article clarifies that in addition to low dietary iron intake, there are many aggregated factors that are not directly diet-related but that together can interfere on the negative iron balance, especially in athletes. Among the etiologic factors associated with sports, the most evident are gastrointestinal bleeding, impact and free-radical hemolyses and iron lost in sweat. Control of iron intake and attention to detect iron deficiency early are of critical importance to avoid changes in the normal production of hemoglobin and other essential compounds, since these changes may decrease performance considerably, especially aerobic performance. Although supplementation is essential for recovering from iron deficiency, self-medication is contraindicated because of the negative consequences of excess iron intake. Discussion of this subject is of extreme importance to the world of sports. This review aims to clarify the main etiological factors involved, covering sports anemia and the diagnosis of iron deficiency.

Indexing terms: Anemia. Iron deficiency. Motor activity. Athletes.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Fatores associados à imagem corporal em estudantes de Educação Física

Tatiana Rodrigues Silva, Guilherme Saenger, Érico Felden Pereira
Revista Motriz. Vol. 17, No 4 (2011) "em editoração"

Resumo

Objetivou-se investigar alguns fatores associados à percepção da imagem corporal em acadêmicos de educação física. 230 estudantes responderam a um questionário com questões relacionadas à imagem corporal e práticas de atividade física. Avaliações antropométricas foram realizadas. Análises ajustadas da insatisfação pelo excesso de peso e pela magreza foram apresentadas. As prevalências de insatisfação com a imagem corporal foram de 62,8% para o sexo masculino e de 67% para o feminino. A insatisfação pela magreza foi 2,71 (IC95%: 1,47-4,99) vezes maior no grupo masculino e a insatisfação pelo excesso de peso foi 2,22 (IC95%: 1,40-3,54) vezes maior no grupo feminino. Devido às altas prevalências de insatisfação com a imagem corporal identificadas, sugere-se que os cursos de formação dêem maior destaque a temas como imagem corporal e padrões de beleza nas atividades curriculares, possibilitando uma melhor atuação junto a grupos com distorções de imagem corporal, comuns em escolas e academias.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Aspectos sobre a relação entre exercício físico, estresse oxidativo e zinco.

Rev. Nutr. [online]. 2011, vol.24, n.4, pp. 629-640. ISSN 1415-5273. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732011000400011.

Este trabalho visa a contribuir com informações sobre a relação entre exercício físico, estresse oxidativo e zinco. A formação de espécies reativas de oxigênio durante o exercício pode contribuir para danos tissulares e celulares, prejudicando o desempenho do atleta. Podem amenizar esses efeitos alguns minerais, como o zinco, que atuam como cofator da enzima superóxido dismutase e na regulação da síntese da metalotioneína, proteínas importantes no sistema de defesa antioxidante. No exercício físico, ocorrem distúrbios na compartimentalização do zinco, com alterações da concentração desse mineral em compartimentos celulares. No entanto, os mecanismos envolvidos no comportamento metabólico do zinco bem como a participação do mineral na melhora do desempenho físico ainda não estão totalmente esclarecidos. Dessa forma, conclui-se que a distribuição do zinco em organismos submetidos ao estresse oxidativo e os efeitos da deficiência desse mineral na capacidade antioxidante durante o exercício ainda devem ser pesquisados mais profundamente.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Prof Raul Manhães de Casto torna-se membro da ACADEMIA PERNAMBUCANA DE CIÊNCIAS.

Tenho muita alegria em parabenizar o nosso querido Prof Raul por este reconhecimento e agraciamento da comunidade científica do nosso estado. Eu tenho a honra e o prazer de ter sido formada por ele desde o meu início na pesquisa no doutorado. Quantas vezes fico grata por ter um grande maestro regendo cada passo adiante que tenho dado ao longo da minha vida acadêmica e científica. E assim é com todos os estudantes que passam por ele.

O Prof Raul sempre prezou pela história da Nutrição no nosso estado e tem sido reconhecido não somente em termos locais, mas também em nível nacional e internacional.

Sua produção científica inclui mais de 120 artigos publicados em periódicos internacionais e nacionais, mais de 500 trabalhos apresentados em congressos nacionais e internacionais, já coordenou programas de colaborações internacionais que propiciaram a ida de vários de nossos colegas para o exterior, coordena projetos de colaboração com laboratórios de referencia em nosso país, já formou vários doutores e mestres que hoje estão atuando como professores/pesquisadores em várias Instituições de ensino superior do nosso país e já foi coordenador da nossa pós-graduação em nutrição elevando para o nível 5 da capes.

Não é de se surpreender que haja o reconhecimento pela excelência do seu trabalho e empenho em formar pesquisadores e cuidar com todo amor e carinho dos seus orientandos. Eu particularmente tenho muito a agradece-lo por tudo que tem feito para tornar o nosso grupo de pesquisa como referencia no país e no exterior.

Este é um momento de comemoração e de parabenizar o Prof Raul por ser membro da ACADEMIA PERNAMBUCANA DE CIÊNCIAS.

A Academia Pernambucana de Ciências teve a grata satisfaçao de comunicar
ao Prof Dr Raul Manhaes de Castro que o seu Conselho Técnico Científico ao analisar o currículo do referido pesquisador, aprovou por unanimidade, para fazer parte do corpo social de Acadêmicos. A posse está marcada para 15 de dezembro próximo em Sessão Solene às 19h30 min no auditório da FIEPE-Federaçao das Industrias de Pernambuco - situada a Av. Cruz Cabugá, 767 - Santo Amaro - Recife- PE.


Para voce meu querido amigo e companheiro, um dos poemas de Fernando Pessoa que voce mais gosta

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente nao cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.

Ricardo Reis, 12-6-1914

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Estudo ajuda a entender ação terapêutica de células-tronco

Estudo ajuda a entender ação terapêutica de células-tronco
Por Valéria Dias - valdias@usp.br
Publicado em 6/dezembro/2011 | Editoria : Saúde

Diversos estudos científicos mostram que o tratamento com células-tronco adultas obtidas da medula óssea e do tecido adiposo pode, muitas vezes, atenuar ou mesmo reverter sinais e sintomas de algumas doenças crônicas, incluindo as distrofias musculares. No Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, uma pesquisa realizada pelo fisioterapeuta Carlos Hermano da Justa Pinheiro apresenta resultados inéditos que ajudam a compreender como ocorre essa melhora no quadro clínico.
Célula-tronco diminui inflamação no músculo com distrofia muscular de Duchenne

Pinheiro estudou camundongos geneticamente modificados para apresentarem distrofia muscular de Duchenne, doença genética causada pela deficiência na produção da distrofina, proteína muito importante para a célula muscular esquelética, pois mantêm a integridade da membrana celular. “Nosso estudo constatou que a aplicação de célula-tronco mesenquimal [um tipo de célula-tronco adulta] influencia diretamente no mecanismo que rege a inflamação no músculo com distrofia, diminuindo a mesma. E isto parece estar mais associado à melhora no quadro clínico do que a diferenciação das células-tronco em células musculares esqueléticas”, revela o pesquisador.

Pacientes com distrofia muscular são suscetíveis a lesões induzidas por atividade contrátil. Eles nascem sem nenhuma lesão aparente. À medida que vão se desenvolvendo, a musculatura começa a degenerar-se e vai sendo preenchida por tecido fibroso (fibrose) com consequente perda na função muscular. “O quadro inflamatório crônico no músculo distrófico tem efeito negativo para a massa muscular levando à atrofia. É como se o músculo esquelético envelhecesse precocemente devido a sucessivas tentativas de reparo do tecido danificado”, conta. “Dentre as estratégias terapêuticas promissoras para distrofia está o rejuvenescimento do microambiente muscular por meio da terapia gênica para aumento da formação de novos vasos sanguíneos no músculo distrófico”, explica. Terapia gênica é a inserção de genes no tecido visando suprir deficiências.

Na pesquisa de Pinheiro, foi observado que os animais tratados com células-tronco apresentaram aumento da formação de novos vasos sanguíneos, redução na formação de tecido fibroso, diminuição da inflamação muscular e preservação da massa e da força muscular.

Segundo o fisioterapeuta, a grande pergunta envolvendo esta questão é: “As células-tronco injetadas no músculo esquelético se diferenciam em células musculares esqueléticas ou exerceriam também alguma outra função local no tecido muscular distrófico?”. De acordo com o fisioterapeuta, muitos estudos já demonstraram que as células-tronco adultas restauram a expressão de distrofina em modelos experimentais de distrofia muscular. “Porém, o mecanismo que leva à melhora clínica poderia envolver outros efeitos das células-tronco além da formação de novas fibras musculares sem a deficiência que resulta na distrofia”, contextualiza.

Tratamento com células-tronco
A média de vida de camundongos gira em torno de dois anos. Os que foram usados na pesquisa, camundongos mdx, apresentavam grande comprometimento da produção de força muscular entre 6 e 12 meses de vida. “Foi nesse período que investigamos o efeito do tratamento com células-tronco mesenquimais nos animais distróficos”. Pinheiro utilizou um sistema de avaliação da função muscular (produção de força muscular dos animais) onde a inervação e a circulação sanguínea estão preservadas.

O pesquisador trabalhou com células-tronco obtidas do tecido adiposo de outros camundongos sem distrofia, que foram isoladas e cultivadas. “Trabalhamos com células-tronco mesenquimais pois elas podem ser isoladas de tecidos específicos como medula óssea, tecido do cordão umbilical e tecido adiposo. Neste último caso é fácil obter material proveniente de lipoaspiração.”

Pinheiro realizou vários experimentos, trabalhando com grupos que variaram de 8 a 12 animais. Foram aplicadas 4 injeções de células-tronco, uma vez por semana, durante 4 semanas. As aplicações foram realizadas dentro do músculo gastrocnêmio, que fica na região conhecida como “batata da perna”. Em humanos, esse músculo é importante para a postura em pé e para marcha; nos animais, para o impulso da passada. Na outra pata dos camundongos, foi aplicado placebo. Após uma semana do final do experimento, o pesquisador avaliou a função contrátil do músculo esquelético que recebeu as injeções de células-tronco, assim como do músculo da outra pata (que não recebeu as células) e as comparou com animais sem distrofia muscular.

“Nos animais que receberam injeções de células-tronco foi constatado que a perda da função muscular era insignificante quando comparado aos animais sem distrofia. Detectamos um aumento do conteúdo de marcadores de regeneração muscular, indicando formação de tecido muscular novo. Entretanto, esse aumento foi bem discreto diante da grande melhora observada na função muscular, sugerindo o envolvimento de outros mecanismos”, revela o pesquisador. “O aumento desses marcadores poderia ter sido ocasionado por duas razões: as células-tronco aplicadas se transformaram em células musculares esqueléticas, ou elas acabaram por estimular a regeneração espontânea do tecido muscular. Então resolvemos investigar esses achados”, relata.

Efeito na inflamação
Nesta investigação, Pinheiro constatou que, nos músculos tratados com células-tronco, alguns marcadores inflamatórios, como o conteúdo de citocinas pró-inflamatórias (como TNF-alfa e interleucina-6) e as espécies reativas de oxigênio (EROs), estavam diminuídos. Também houve aumento de citocinas anti-inflamatórias (interleucinas 4 e 10). O fisioterapeuta constatou ainda maior conteúdo de macrófagos M1, que “limpam” a área inflamada e soltam substâncias que vão ajudar a reparar o tecido lesado. “Essas células do sistema imune são importantíssimas para a regeneração do músculo esquelético, pois aceleram esse processo”, comenta. Houve também uma redução no conteúdo de TGFB1 (fator de crescimento transformante b1), que sinaliza para os fibroblastos proliferarem e acelerarem a formação do processo fibrótico.

Ao mesmo tempo, foi verificado um aumento do conteúdo do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), que, ao ser liberado no músculo, estimula o crescimento de novos vasos sanguíneos. “Na distrofia muscular de Duchenne, o efeito terapêutico do aumento de VEGF no músculo esquelético é bem demonstrado por meio da terapia gênica”, conta o fisioterapeuta. De acordo com o pesquisador, esses resultados podem auxiliar na compreensão do efeito terapêutico das células-tronco mesenquimais.

Um artigo sobre o tema, Local Injections of Adipose-Derived Mesenchymal Stem Cells Modulate Inflammation and Increase Angiogenesis Ameliorating the Dystrophic Phenotype in Dystrophin-Deficient Skeletal Muscle, foi publicado na edição de agosto da revista Stem Cell. A pesquisa do fisioterapeuta, que é bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), tem orientação do professor Rui Curi, do ICB, e previsão de defesa em 2012.

Prof Mônica Adam do nosso NEFCS em destaque - Parabéns pelo brilhante trabalho

ESTUDO Pesquisa revela que esgoto despejado no mar está modificando o material genético do peixe, comum na mesa do pernambucano

A poluição do mar ao largo do Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, por vezes mascarada pela beleza das praias, atinge até mesmo o DNA dos peixes. É o que revela pesquisa que analisou amostras de tainhas, espécie comum na costa e também na mesa dos pernambucanos.

O estudo quantificou os micronúcleos de células sanguíneas do animal. Os micronúcleos, que orbitam o núcleo celular, se formam naturalmente no processo de divisão celular dos seres vivos. É comum a existência de, no máximo, 15 deles em cada três mil células. Nas tainhas, a equipe da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) encontrou valores até sete vezes maior, revelando que os poluentes afetaram geneticamente os peixes.

As tainhas analisadas caíram na rede a distâncias de até 100 metros das praias de Bairro Novo e Rio Doce, em Olinda, e do Pina e Boa Viagem, no Recife. Em Jaboatão dos Guararapes, o estudo ainda está em curso, mas resultados preliminares revelam quadro de poluição semelhante.

A origem da poluição que afeta o DNA dos peixes, segundo os pesquisadores, é o esgoto. Resíduo de detergente, restos de medicamentos e óleo lubrificante podem causar poluição de grande impacto, exemplifica a professora da UFPE Mônica Adam.

A contaminação dos animais se dá pela pele, pela ingestão, ou pela respiração, que, no caso dos peixes, é feita pelas brânquias, onde o oxigênio da água é retido. Detritívora, a tainha quando adulta come restos que se acumulam no fundo do mar. É também no assoalho marinho onde se depositam muitos dos poluentes carreados pelo esgoto, o que torna o peixe mais vulnerável à sujeira.

Os resultados dos estudos, iniciados em 2010, mostram que a situação das praias de Olinda é ainda pior. Para Mônica Adam, a presença de proteções costeiras e diques nas duas praias avaliadas pode contribuir para o problema.

Os diques causam sérios problemas de circulação de água, principalmente na baixa mar. Associado à intensa urbanização, isso pode favorecer uma concentração maior de poluentes, avalia.

A análise da frequência de micronúcleos é um dos parâmetros da genotoxicidade da água. Substância genotóxicas, lembra a pesquisadora, são potencialmente mutagênicas ou cancerígenas.

Na avaliação de Mônica Adam, as análises dos efeitos dos poluentes sobre o material genético são importantes para avaliar o papel mutagênico e carcinogênico dessas substâncias. E ainda seus possíveis efeitos sobre as populações, uma vez que podem atuar de maneira a diminuir a variabilidade genética.

Os altos valores de células micronucleadas apresentados demonstraram que há danificação genômica nos tecidos dos peixes. Os danos evidenciados no material genético das tainhas sugerem também uma provável exposição a agentes genotóxicos dispersos no meio aquático, entre os quais substâncias tóxicas que se encontram em esgotos domésticos e dejetos (orgânicos e inorgânicos) de embarcações, conclui.


Trabalho vai ser feito em 5 estuários

O estudo da poluição no litoral do Grande Recife, a partir de alterações genéticas de organismos aquáticos, será estendido para cinco estuários de Pernambuco. Além da tainha, a equipe da UFPE vai analisar alterações genéticas em um molusco e um crustáceo.

O projeto de pesquisa, intitulado Genotoxicidade e erosão genética como instrumentos de monitoramento e gestão de ambientes estuarinos no Estado de Pernambuco, será realizado no estuário dos Rios Goiana, em Goiana, Jaguaribe, em Itamaracá, Capibaribe, no Recife, Maracaípe, em Ipojuca, e Rio Formoso, em Tamandaré.

O crustáceo será o guaiamum e o molusco ainda está sendo escolhido. O guaiamum tem como hábitat os sedimentos, assim está exposto predominantemente aos poluentes retidos no substrato, que é o fundo de rios, mares e mangues.

O critério de escolha das espécies a serem estudadas teve como base a sua relação direta e indireta com o ambiente estuarino. Todas são exploradas economicamente pela pesca, estando a espécie de crustáceo incluída na Lista Nacional das Espécies de Invertebrados Aquáticos e Peixes Ameaçadas de Extinção, lembra a bióloga.

Em cada um dos estuários serão realizadas coletas em pontos próximos à do conexão do rio com o mar. As coletas serão realizadas nos períodos chuvoso (abril a julho) e seco (agosto a março), respeitando os locais estabelecidos na primeira amostragem. Serão coletados 10 espécimes de cada espécie, em cada ponto.

A contaminação dos estuários, lembra a pesquisadora, se deve principalmente ao despejo de esgoto doméstico. Mas também aos pesticidas utilizados na agropecuária e aos resíduos urbanos.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mensagem da Profa Carmem Burgos - coordenadora da Bioquímica Solidária 2011.2

Caros Alunos,

Gostaria de agradecer a participação e contribuição de todas as turmas no Bioquímica Solidária 2011.2 do CAV.

A campeã das doações foi a turma do primeiro período de Licenciatura em Educação Física do CAV com 264 unidades de fraldas geriátricas arrecadadas. Parabéns!

No total conseguimos arrecadar:

- 612 Unidades de Fraldas Geriátricas
- 10 Gazes
- 10 Colas Gliter
- 89 Rolos de Papel Crepon
- 87 Réguas
- 84 Tesouras
- 12 Caixas de Lápis de Cor
- 2 Kits de Pincéis
- 2 Caixas de Tinta com 6 Unidades
- 1 Caixa de Massa de Modelar
- 1 Hidrocor
- 85 Colas
- 14 Lápis Comuns
- 4 Resmas de Papel Ofício
- 2 Folhas de Emborrachados
- 1 Caderno
- 6 Cartolinas

Entregamos hoje uma parte das doações ao Lar São Francisco de Assis e na próxima segunda-feira (12/12) na parte da tarde, entregaremos as demais doações a Casa dos Pobres e ao Instituto Evangélico. Todos estão convidados a nos acompanhar.


Obrigada e um forte abraço,

Carmem Lygia Burgos Ambósio
Coordenadora do Bioquímica Solidária

Sequência comportamental de saciedade: um modelo experimental para o estudo do comportamento alimentar

Rev. Nutr. vol.24 no.4 Campinas July/Aug. 2011

Lisiane dos Santos OliveiraI; Sandra Lopes de SouzaII; Raul Manhães-De-Castro


ABSTRACT

Feeding behavior is controlled by interactions between psychobiological and physiological systems. In rats, there is a sequence in the feeding behavior that is characterized by similar movements at the beginning and end of a meal, known as the behavioral satiety sequence. In the sequence, eating is followed by grooming and other activities, and ends with resting. The objective of this systematic review is to evaluate the use of the behavioral satiety sequence as an experimental model for the study of feeding behavior. A systematic search of the electronic databases MedLine, Lilacs, SciELO, Cochrane Library and PubMed was done from November 2007 to January 2008, using combinations of the keywords "behavioral," "satiety" and "sequence". Ninety articles were found and, of these, fifteen articles were selected for the review. The studies demonstrated the efficacy of using behavioral satiety sequence to evaluate the effects of some types of manipulations on feeding behavior. With this study method it was also possible to observe different factors that can interfere with feeding behavior, such as sedation, malaise or intake inhibition, by increasing satiety. Behavioral satiety sequence offers solid tools for gaining a better understanding of how treatment can influence feeding behavior.

Indexing terms: Feeding behavior. Resting. Satiety response.

RESUMO

O comportamento alimentar é controlado por interações entre sistemas psicobiológicos e fisiológicos. Em ratos, existe uma sequência no comportamento alimentar que é caracterizada por movimentos similares no início e no término de uma refeição, conhecida como sequência comportamental de saciedade. Na sequência, o ato de comer é seguido pela limpeza e outra atividades, terminando com o descanso. O objetivo dessa revisão sistemática é avaliar o uso da sequência comportamental de saciedade como um modelo experimental para o estudo do comportamento alimentar. Uma busca sistemática das bases de dados MedLine, Lilacs, SciELO, Biblioteca Cochrane e PubMed foi realizada, no período de novembro de 2007 a janeiro de 2008, usando combinações das palavras chaves "behavioral", "satiety" e "sequence". Noventa artigos foram encontrados e, desses, quinze artigos foram selecionados para a revisão. Os estudos mostraram a eficácia do uso da sequência comportamental de saciedade para a avaliação dos efeitos de alguns tipos de manipulações sobre o comportamento alimentar. Com esse método de estudo, também é possível observar diversos fatores que podem intervir no comportamento alimentar, assim como sedação, mal-estar ou inibição do consumo por aumento da saciedade. A sequência comportamental de saciedade oferece sólidas ferramentas para obter um entendimento melhor de como um tratamento pode influenciar o comportamento alimentar.

Termos de indexação: Comportamento alimentar. Descanso. Resposta de saciedade.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Avaliação do conhecimento nutricional de atletas profissionais de atletismo e triathlon

Revista Brasileira de Medicina do Esporte
versão impressa ISSN 1517-8692
Rev Bras Med Esporte vol.17 no.4 Niterói jul./ago. 2011

A alimentação adequada é a chave para a melhora do desempenho esportivo. Com isso, um conhecimento nutricional satisfatório torna-se importante para as práticas alimentares saudáveis e, consequentemente, mais eficazes para o rendimento. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento nutricional de atletas profissionais de atletismo e triathlon. Foram avaliados 50 atletas com idade média de 32,4 ± 11,1 anos, sendo 37 (74%) do sexo masculino. Os atletas preencheram um questionário que continha informações sobre treinamento, consultas nutricionais e a escala de conhecimento nutricional validada. Para associar o conhecimento nutricional com as variáveis de escolaridade e consulta com nutricionista, foi utilizado o teste do Qui-quadrado, e para correlacionar as variáveis ordinais foram utilizadas a correlação de Pearson. Os atletas treinavam a 9,4 + oito anos, 82% possuíam nível superior incompleto ou completo e 70% já haviam consultado um profissional nutricionista. A média de pontos da escala foi de 9,6 ± 2,2 pontos, que corresponde à classificação de "moderado conhecimento nutricional", e não foi verificada diferença estatisticamente significativa entre o conhecimento nutricional e o sexo (p = 0,067). Ter frequentado ou não um curso superior não modificou o conhecimento nutricional destes atletas (p = 0,352), assim como consultar ou não o nutricionista (p = 0,362). Porém, quanto maior a escolaridade, maior foi o número de atletas que relataram o acompanhamento com o nutricionista. Estes resultados apontam para a necessidade de educação continuada em nutrição para atletas profissionais, bem como a necessidade de outros estudos avaliando o conhecimento nutricional neste público.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Prof Marco Fidalgo prestigia a Bioquímica Solidária

Por Marco Fidalgo
Ontem, o Projeto BIOQUÍMICA SOLIDÁRIA foi, como posso dizer......................, foi um verdadeiro SHOW, foi CINEMATOGRÁFICO. Gostaria de conceder um OSCAR à todos os professores e alunos envolvidos. Foi espetacular, excepcional, eletrizante, emocionante, envolvente. Tiro o chapéu para práticas pedagógicas inovadoras como esta. Como sempre falo: sala de aula é lugar de ALLEGRIA. Meus parabéns. Estou ansioso para o próximo.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cientista: diferença entre atleta comum e craque está no cérebro Miguel Nicolelis afirma que craque vê 'objeto artificial como extensão do corpo’ e revela plano de criança tetraplégica dar pontapé inicial da Copa-14

Uma jogada de craque de Neymar, uma ultrapassagem arrojada de Ayrton Senna, um 'grand willy' do tenista Roger Federer ou um voo de Michael Jordan para uma enterrada. Para muitos, são esses momentos que separam os bons dos craques. Para o neurocientista Miguel Nicolelis, é o cérebro o responsável por fazer esses atletas se diferenciarem.


Quem é Miguel Nicolelis?
Miguel Nicolelis  é um dos 20 pesquisadores mais importantes do planeta. Apontado pela revista Scientific American. Diretor do Centro de Neuroengenharia da Universidade de Duke, nos EUA, Miguel Nicolelis é considerado um candidato forte a trazer um prêmio Nobel para o Brasil.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O papel do esteroide anabolizante sobre a hipertrofia e força muscular em treinamentos de resistência aeróbia e de força

Rev Bras Med Esporte vol.17 no.3 Niterói maio/jun. 2011


INTRODUÇÃO: Os efeitos dos esteroides anabolizantes (EA) sobre a massa muscular e força são controversos e dependentes do treinamento realizado e das fibras musculares recrutadas. Com isso, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da associação de EA ao treinamento de força ou aeróbio sobre a hipertrofia e força muscular.

MÉTODOS: Ratos Wistar (42) foram divididos em seis grupos: sedentário (SC, n = 7), sedentário anabolizante (SA, n = 7), treinado natação controle (TNC, n = 7), treinado natação anabolizante (TNA, n = 7), treinado força controle (TFC, n = 7) e treinado força anabolizante (TFA, n = 7). O EA foi administrado duas vezes por semana (10mg/kg/semana). Os protocolos de treinamento foram realizados durante 10 semanas, cinco sessões semanais. Foram avaliadas a hipertrofia dos músculos sóleo, plantar e gastrocnêmio (massa muscular corrigida pelo comprimento da tíbia), a proteína total muscular (Bradford) e a força muscular em patas traseiras (testes de resistência à inclinação).

RESULTADOS: Não foram observadas diferenças significantes na hipertrofia do músculo sóleo. Os grupos TFC e TFA apresentaram, respectivamente, hipertrofia de 18% e 31% no músculo plantar comparado ao grupo SC. A hipertrofia foi 13% maior no grupo TFA em relação ao grupo TFC. Resultados semelhantes foram encontrados no músculo gastrocnêmio. Os grupos TFC e TFA apresentaram significantes aumentos na quantidade total de proteína nos músculos plantares, sendo essa mais pronunciada no grupo TFA e positivamente correlaciona a hipertrofia muscular. Observamos aumento de força nas patas traseiras nos grupos TCF e TAF.

CONCLUSÃO: A administração de EA ou sua associação ao treinamento aeróbio não aumenta a massa muscular e força. Porém, à associação ao treinamento de força leva a maior hipertrofia muscular em fibras glicolíticas. Portanto, o tipo de treinamento físico, recrutamento muscular e características das fibras musculares, parecem ter importante impacto sobre as respostas anabólicas induzidas pelo EA.


Everton Crivoi do CarmoI; Carlos Roberto Bueno JuniorII; Tiago FernandesI; Diego BarrettiI; Stéphano Freitas SoaresI; Natan Daniel da Silva JuniorI; Marco Carlos UchidaIII; Patrícia Chakur BrumII; Edilamar Menezes de OliveiraI

ILaboratório de Bioquímica da Atividade Motora - Escola de Educação Física e Esporte Universidade de São Paulo São Paulo - Brasil
IILaboratório de Fisiologia Celular e Molecular do Exercício - Escola de Educação Física e Esporte Universidade de São Paulo São Paulo - Brasil
IIICurso de Educação Física Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde Unifieo - São Paulo - Brasil

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

I Copa CAV de Judo





PALESTRA “Os novos conceitos e perspectivas da Geografia da Saúde e da Nutrição"

Convidamos os professores e alunos para a palestra do Prof. Alain Bué - Université de Paris 8, intitulada “Os novos conceitos e perspectivas da Geografia da Saúde e Nutrição”, a ser realizada no dia 15 de Dezembro de 2011, às 14 horas, na sala nº 01 do 3° andar do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães – Cidade Universitária.


O Prof. Alain Bué é membro do Centro Internacional de Desenvolvimento da Universidade de Paris 8, trabalhou em colaboração com o Prof. Josué de Castro de 1969 a 1973 e foi Diretor do Departamento de Geografia de 1998 a 2006.


O evento tem o patrocínio do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM/Fiocruz), Centro Josué de Castro, do Departamento de Nutrição e da Pós-Graduação em Nutrição – CCS/UFPE .


Obs: A palestra terá tradução simultânea.


Atenciosamente,


Prof. Malaquias Batista Filho - IMIP

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Efeito da preensão manual sobre o equilíbrio de judocas

Motriz, Rio Claro, v.17 n.2 p.244-251, abr./jun. 2011

Resumo: O objetivo deste estudo foi verificar se existe efeito da preensão manual máxima (o ato de realizar ou não a preensão) sobre o controle do equilíbrio de judocas em postura restrita, além de verificar se existe correlação entre a força de preensão manual (FPM) e o controle do equilíbrio. Foram avaliados sete judocas com um dinamômetro e uma plataforma estabilométrica sendo mensuradas, concomitantemente, a FPM e o centro de pressão (CP). Foi verificado que até 80% da variabilidade do CP pode ser atrelada a preensão manual indicando que a mesma gera perturbações no controle do equilíbrio. Entretanto, foram encontradas correlações (r = 0,348 até 0,816) entre a FPM e o deslocamento do CP. Com isso pode-se concluir que, apesar da preensão manual gerar perturbações no equilíbrio, seu comportamento parece estar relacionado com os movimentos do corpo realizados para manter o equilíbrio, indicando uma possível correlação entre esses fenômenos.
Palavras-chave: Força da Mão. Equilíbrio Postural. Artes Marciais.



Effect of hand grip on the balance of judokas
Abstract: The purpose of this study was to verify if there is an effect of maximum hand grip (the act of performing or not the hand grip) on the balance control of judokas in a restrict posture, and also to verify if there is a correlation between the hand grip strength (HGS) and the balance control. Seven judokas were evaluated with a dynamometer and a stabilometric force platform, being measured, at the same time, the HGS and the center of pressure (COP). It was found that up to 80% of the COP variability was related to the hand grip demonstrating that it generates perturbations to the balance control. However, It was found correlations (r = 0,348 to 0,816) between de HGS and de COP displacement. With that, it can be concluded that, despite the hand grip generating perturbation on the balance, its behavior appears to be related to the body movements performed to sustain balance, indicating a possible correlation between this phenomenons.
Key Words: Hand Strength. Postural Balance. Martial Arts.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Já ouviram falar do esporte LE PARKOUR?

Fonte: Rev Bras Med Esporte vol.17 no.3 Niterói maio/jun. 2011

O Le Parkour é caracterizado pela prática de ações eficientes que utilizam o deslocamento do corpo de um ponto a outro, transpondo obstáculos urbanos ou naturais de uma maneira fluida e com a mínima interrupção do movimento, viabilizando o desenvolvimento integral do corpo e da mente(1-3). Pode ser considerado esporte, arte, filosofia, tendo como motivação a necessidade do homem em escapar de situações de risco, utilizando técnicas que buscam durante a progressão o máximo de economia no movimento e o mínimo de interrupção(1,3,4).

Esse método surgiu na França na década de 80 e foi utilizado como base para o treinamento militar internacional, permitindo o uso racional de energia, com ganho de tempo e economia de esforço, ao enfrentar os obstáculos inerentes às adversidades no combate ou no salvamento(1,4,5). No Brasil, essa prática vem se difundindo, principalmente entre os mais jovens, graças à internet e recentes filmes de ação(1), a exemplo do aconteceu na Europa e EUA(6). Por não haver limite de espaço para prática e tampouco necessidade de estrutura e acessórios, tornou-se importante ferramenta na prevenção e combate do sedentarismo. Visto que o crescente desenvolvimento urbano da sociedade atual, a falta de espaço físico adequado, o ascendente modismo dos diferentes jogos eletrônicos e o advento tecnológico são fatores que estimulam a inatividade física nesta faixa etária.

No Le Parkour, o corpo é a única ferramenta, exigindo adaptações do organismo em relação aos componentes da aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho esportivo(7-12). Nessa atividade, a aptidão física pode ser desenvolvida ao ar livre, por meio de atividades naturais como andar, correr, pular, movimento em quatro apoios (quadrúpede), escalar, equilibrar, arremessar, levantar, defender-se e nadar(1,4,5).

Contudo, a prática do Le Parkour é relativamente nova no Brasil e pouco conhecida entre os profissionais de Educação Física. Semelhante ao que acontece em outros esportes radicais(13), que apresentam comportamento acíclico, há ausência de parâmetros para as capacidades físicas exigidas durante a atividade, dificultando a prescrição de exercícios e o acompanhamento de indivíduos que queiram iniciar o Le Parkour. A ausência de literatura específica e a falta de informações científicas sobre os fatores que afetam o desempenho dos praticantes e também sobre quais são as variáveis que podem contribuir para a caracterização fisiológica dessa atividade evidenciam a necessidade de pesquisas sobre o tema. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a aptidão física dos praticantes do Le Parkour na cidade de Curitiba-PR.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Aptidão física relacionada à saúde de escolares brasileiros: dados do projeto esporte Brasil

Rev Bras Med Esporte vol.17 no.2 Niterói mar./abr. 2011

OBJETIVO: Analisar a aptidão física de escolares brasileiros, de acordo com uma avaliação referenciada por critérios de saúde.
MÉTODOS: Estudo epidemiológico transversal, de base escolar, conduzido em 7.507 escolares (4.114 meninos e 3.393 meninas), de sete a 10 anos de idade. Foram mensuradas as variáveis: massa corporal, estatura, flexibilidade (sentar-e-alcançar), força/resistência muscular (abdominal modificado um minuto) e aptidão cardiorrespiratória (corrida/caminhada nove minutos). Os critérios e a classificação utilizados para os testes motores foram recomendados pelo Physical Best.
RESULTADOS: Baixa aptidão física foi encontrada nos escolares, apresentando risco à saúde para flexibilidade (meninos: 58,3%; meninas: 51,2%, p < 0,001), força/resistência muscular (meninos: 75,3%; meninas: 73,8%, p < 0,001) e aptidão cardiorrespiratória (meninos: 80,8%; meninas: 77,6%, p < 0,001). Na classificação geral, nos três testes motores, foi observada alta prevalência de escolares (~96%) que não atingiu os pontos pré-estabelecidos para um nível satisfatório de aptidão física.
CONCLUSÃO: Programas efetivos de intervenção na promoção de mudanças nos padrões de aptidão física são necessários, visando contribuir para o desenvolvimento mais adequado dos níveis de desempenho motor, principalmente com iniciativas de políticas públicas em bairros, parques e condomínios que possibilitem a prática de atividades físicas e esportes.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Voleibol escolar: uma proposta de ensino nas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal do conteúdo.

BARROSO, André Luís Rugiero e DARIDO, Suraya Cristina.
Rev. bras. Educ. Fís. Esp. [online]. 2010, vol.24, n.2, pp. 179-194. ISSN 1807-5509.

O objetivo deste estudo foi construir, implementar e avaliar uma proposta de ensino do voleibol nas três dimensões do conteúdo: conceitual, procedimental e atitudinal. Para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizado o método da pesquisa-ação, sendo realizados oito encontros, havendo a participação de quatro professores. Os resultados obtidos foram discutidos na perspectiva das condições de trabalho, em por que e para que ensinar esporte (voleibol), na técnica esportiva e rendimento, nas dimensões do conteúdo e nas características, expectativas e na participação dos alunos. Verificou-se que em determinadas escolas as condições de trabalho, seja em relação ao espaço físico, ao material disponível, à desvalorização da Educação Física ou mesmo à desconfiança por parte dos professores de outras áreas e da direção, apresentam-se como obstáculos para o desenvolvimento desse componente curricular. Entretanto, observou-se que os professores participantes conseguiram desenvolver um ensino de qualidade, contribuindo para o redimensionamento da importância da Educação Física no ambiente formal de ensino. Confirmou-se a possibilidade de desenvolvimento de aulas que possam ir além da dimensão procedimental, facilitando a abordagem das dimensões conceituais e atitudinais do voleibol. Além disso, constatou-se uma participação efetiva dos alunos, mas isso somente se deu devido à disposição dos professores em estruturarem de forma apropriada as suas aulas estudando, destinando tempo para elaboração das atividades e oferecendo estratégias diversificadas que estimulassem o envolvimento dos alunos

Palavras-chave : Educação física; Escola; Pedagogia do esporte; Pesquisa-ação; Voleibol.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Competências do professor de educação física e formação profissional.

doi: http://dx.doi.org/10.5016/1980-6574.2010v16n2p281



Rodrigo Nuno Peiró Correia, Osvaldo Luiz Ferraz

Resumo

Este estudo tem como objetivo identificar as competências necessárias aos professores de Educação Física da Educação Básica, na perspectiva dos docentes da rede pública de ensino do estado de São Paulo, licenciados e egressos da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, a partir do ano de 1995. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de natureza não experimental, consistindo em dois estudos (diagnóstico e aprofundamento). Como instrumentos, foram utilizados questionário e entrevista semi-estruturada.Verificou-se que os docentes julgam importante mobilizar determinados conhecimentos hierarquizados ou associados durante a prática docente, tais como: conhecimentos didático-pedagógicos, conhecimentos técnicos e bagagem cultural, inseridos no contexto atual e considerando as transformações culturais, sociais, políticas, econômicas e educacionais ocorridas ao longo da história. Ficou evidenciada, neste estudo, a relevância da formação continuada para os professores de Educação Física, que a consideraram imprescindível em complementação à formação inicial.

Texto Completo: PDF
Motriz. Revista de Educação Física. UNESP, Vol. 16, No 2 (2010)

domingo, 20 de novembro de 2011

Parâmetros, considerações e modulação de programas de exercício físico para pacientes oncológicos - uma revisão sistemática

Revista Brasileira de Medicina do Esporte
ISSN 1517-8692
Rev Bras Med Esporte vol.17 no.4 Niterói jul./ago. 2011

RESUMO

INTRODUÇÃO: Este trabalho buscou dados que descrevessem a utilização do exercício físico, não como método preventivo, mas sim como modalidade terapêutica adjuvante no enfrentamento do câncer (CA) e seu tratamento desde o diagnóstico até a recuperação, visto que são muitos os prejuízos e efeitos colaterais vivenciados pelos pacientes que podem ser modificados através da prática de exercícios físicos.
OBJETIVOS: Identificar e selecionar referências que demonstrassem parâmetros necessários para prescrição de programas de exercício físico para pacientes oncológicos.
MÉTODO: Foi utilizado o modelo sistemático de pesquisa nas bases de dados Medline, Liliacs e PubMed, utilizando os descritores: cancer, physical exercise, physical activity, exercise, sendo considerados artigos publicados entre 1997 e 2008, nos idiomas português, inglês, espanhol e alemão. Foram selecionados os artigos que apresentaram dados que embasassem a utilização do exercício físico como método terapêutico, bem como sua modulação, indicação, contraindicação e sua interação com outros tratamentos.
RESULTADOS: Na literatura revisada, foram encontrados subsídios que embasam a utilização do exercício físico como adjuvante no enfrentamento do CA e seu tratamento, bem como benefícios, indicações, contraindicações e precaução na utilização do exercício físico.
CONCLUSÕES: Apesar de ser um campo amplo, onde há muito ainda a se pesquisar, se respeitadas as contraindicações e precauções, o exercício se torna seguro, viável e eficaz para pacientes e sobreviventes, dando a eles suporte para enfrentar o tratamento e acelerando a recuperação.

Palavras-chave: câncer, exercício físico, atividade física, exercício.

ABSTRACT

INTRODUCTION: This work looked for data that described the use of the physical exercise, don't like preventive method, but, as modality therapeutic adjuvante in the coping of the cancer (CA) and its treatment from the diagnosis to the recovery. Because they are many the damages and side effects lived by the patients that can be modified through the practice of physical exercises.
OBJECTIVE: To identify and select references to demonstrate necessary parameters for prescription of programs physical exercise for patient oncologics.
METHOD: The systematic model of research was used in the bases of data Medline, Liliacs and Pubmed, using the descriptors: cancer, physical exercise, physical activity, exercise, being considered articles published between 1997 and 2008, in the portuguese languages, english, spanish and german. They were selected the articles that presented data to base the use of the physical exercise as therapeutic method, as well as modulation, indication, contraindication and interaction with other treatments.
RESULTS: In the revised literature, they were found subsidies that base the use of the physical exercise as adjuvante in the coping of CA and its treatment, as well as, benefits, indications, contraindications and precaution in the use of the physical exercise.
CONCLUSIONS: In spite of being a wide field, where there is very still the researches, if respected the contraindications and precautions the exercise becomes safe, viable and effective for patients and survivors, giving to them support to face the treatment and accelerating the recovery.

Keywords: cancer, physical exercise, physical activity, exercise

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Morte súbita em atletas: protocolos e rotinas adotados por clubes de futebol profissional em São Paulo.

Morte súbita em atletas: protocolos e rotinas adotados por clubes de futebol profissional em São Paulo.

GARCIA, Julia Helena e COSTA, Mildred Patrícia Ferreira da. Rev Bras Med Esporte [online]. 2011, vol.17, n.3, pp. 161-165. ISSN 1517-8692. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922011000300002.

A morte súbita cardíaca em atletas não é um fato novo e nem isolado. Historicamente, ela atinge principalmente atletas jovens, tendo como maior incidência a cardiomiopatia hipertrófica. No ano de 2005, a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte instituiu a Diretriz sobre a Morte Súbita no Exercício e no Esporte. A implementação dessas recomendações por clubes de futebol profissional poderá contribuir para detecção precoce de risco e prevenção de morte súbita nesses atletas. OBJETIVO: Identificar a adoção de protocolos e rotinas por clubes de futebol profissional quanto à avaliação pré-participação dos atletas e sua adequação à Diretriz. MÉTODO: Todos os clubes de futebol profissional do município de São Paulo pertencentes à Federação Paulista de Futebol foram avaliados através de entrevista com o médico responsável pelo Departamento Médico de cada clube, após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa e autorização do sujeito de pesquisa. As respostas foram submetidas à estatística descritiva e comparadas à Diretriz. RESULTADOS: Nenhum clube adota integralmente os exames sugeridos pela Diretriz; contudo, os exames como anamnese completa com enfoque cardiovascular, teste ergométrico e eletrocardiograma de repouso são realizados por todos. O ecocardiograma é realizado por 82,5% dos clubes. CONCLUSÃO: Todos os clubes avaliados seguem um protocolo institucional que contempla parcialmente as recomendações da Diretriz. Sugere-se a integração entre os órgãos responsáveis pelo esporte no Brasil e parcerias privadas com o objetivo de diminuir o custo efetivo dos exames

Palavras-chave : futebol; doenças cardiovasculares; exercícios físicos; exames físicos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Risco cardiovascular e prática de atividade física em crianças e adolescentes de Muzambinho/MG: influência do gênero e da idade.

Risco cardiovascular e prática de atividade física em crianças e adolescentes de Muzambinho/MG: influência do gênero e da idade
Chehuen, Marcel da Rocha; Bezerra, Allan Irwin Leite; Bartholomeu, Teresa; Junqueira, Nívia Oliveira; Rezende, Januária Andrea Souza; Basso, Luciano; Oliveira, Jorge Alberto; Lemos, Wilian Peres; Tani, Go; Prista, Antonio; Maia, José António Ribeiro; Forjaz, Cláudia Lúcia de Moraes


CHEHUEN, Marcel da Rocha et al. Rev Bras Med Esporte [online]. 2011, vol.17, n.4, pp. 232-236. ISSN 1517-8692. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922011000400003.



INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A doença cardiovascular inicia na infância e está atrelada à presença de fatores de risco cardiovascular (FRC). A prevalência desses fatores varia em diferentes populações brasileiras, tendo sido estudada principalmente em cidades de médio e grande porte. Este estudo avaliou a prevalência dos FRC e da prática de atividade física (AF) em crianças e adolescentes de Muzambinho, uma cidade de pequeno porte. MÉTODO: Foram avaliados 205 sujeitos (entre sete e 18 anos - 108 do gênero masculino). Foram medidos: peso, estatura, glicemia, colesterolemia, pressão arterial (PA) e prática de AF. As comparações foram realizadas pelo teste do Qui-quadrado. RESULTADOS: A prevalência de sobrepeso foi de 19% e de valores alterados de PA, glicemia e colesterolemia foram de, respectivamente, 11, 5 e 15%. Não houve diferença na prevalência dos FRC entre os sexos. O tabagismo, o alcoolismo, a PA alterada e a insuficiência de AF aumentaram com a idade. Setenta e nove por cento dos sujeitos praticavam AF de locomoção, 10% ocupacional, 97% nas aulas de educação física, 72% no recreio e 90% de lazer. Noventa e dois por cento foram considerados ativos. A prática de AF ocupacional foi maior nas meninas e aumentou nos meninos com a idade. A prevalência de AF de lazer e recreio diminuiu com a idade nos dois sexos. CONCLUSÃO: A prevalência de FRC, exceto do sedentarismo, foi expressiva, não diferiu entre os sexos e aumentou com a idade. A prática de AF de todos os tipos foi alta, diferenciou-se entre os sexos e diminuiu com a idade.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Adesão a Um Programa de Atividade Física em Adultos Portadores de Diabetes

O objetivo deste estudo foi verificar se um programa de atividade física
aumentaria a freqüência de exercitar-se em pacientes sedentários portadores
de diabetes. Participaram 12 portadores de diabetes tipo 2, um
tipo 1 e um com diabetes secundário. Foram ministradas 40 aulas
primeiramente por uma professora de Educação Física e, depois, por
algum aluno. Fortaleceu-se o comparecimento às aulas através de um
esquema de premiação. Os familiares de seis pacientes foram incentivados
a apoiar a prática de atividade física. Fora das aulas, cada aluno
registrava diariamente sua atividade física. Avaliações físicas e o exame
de hemoglobina glicosilada foram realizados antes do programa, ao
final do terceiro mês e no seguimento. Nove alunos concluíram o programa
e aumentaram sua atividade física fora das aulas. No final do terceiro
mês, os valores da hemoglobina glicosilada daqueles que persistiam
no programa diminuíram significativamente. O envolvimento familiar
contribuiu para a adesão ao programa.
(Arq Bras Endocrinol Metab 2004;48/2:267-275)


Descritores:Atividade física; Adesão; Diabetes; Incentivo; Família

domingo, 13 de novembro de 2011

Aderência à prática de exercícios físicos em academias de ginástica

Motriz, Rio Claro, v.16 n.1 p.181-188, jan./mar. 2010

Carla Maria de Liz
Tânia Brusque Crocetta
Maick da Silveira Viana
Ricardo Brandt
Alexandro Andrade

Laboratório de Psicologia do Esporte e do Exercício da Universidade do estado de Santa

Catarina – UDESC, Florianópolis, SC, Brasil


Resumo: O objetivo do presente artigo é investigar na literatura os principais motivos de aderência e
desistência de brasileiros praticantes de exercícios físicos em academias de ginástica. Trata-se de um
estudo de revisão de literatura com caráter qualitativo. Utilizou-se os descritores em ciências da saúde
considerados relevantes para busca de estudos empíricos nas bases de dados disponíveis no portal de
Periódicos da Capes. Dentre os motivos mencionados para a aderência, destacam-se a busca pela saúde,
estética, socialização, melhoria da condição física e bem-estar. A desistência das academias de ginástica
pelos praticantes de exercícios físicos foi atribuída à falta de tempo, preguiça, distância que o praticante
deverá percorrer do seu trabalho ou da sua casa até a academia e ao alto custo das mensalidades. A
identificação e administração destes fatores devem ser consideradas na promoção da atividade física e
saúde.
Palavras-chave: Aderência. Academias de Ginástica. Motivação. Exercício Físico.
Adherence at physical exercises in fitness centers
Abstract: The aim of this study is to investigate the reasons in the literature of adhesion and dropout of
practitioners of physical exercises in fitness centers. This is a study of literature review with qualitative
aspect. Using the descriptors in the health sciences to search for empirical studies in the databases
available on the portal's regular Capes. Among the reasons mentioned for adhesion, it is the search for
health, beauty, socialization, improving the physical condition and well-being. The dropout of fitness centers
by practitioners of physical exercises has been attributed to lack of time, laziness, distance that the
practitioner should go to their work or their home to the academy and the expensive price expend monthly.
The identification and management of these factors should be considered in the promotion of physical
activity and health.
Key Words: Adherence. Fitness Centers. Motivation. Exercise.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

CAV promove VI Simpósio de Ciências Biológicas e da Saúde

Fonte: http://www.interjornal.com.br/noticia.kmf?canal=139&cod=12645234

CAV promove VI Simpósio de Ciências Biológicas e da Saúde



Cerimônia de abertura será amanhã (9), às 18h, seguida de palestra com o Secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, Sérgio Xavier - Tema: "Ciências Biológicas: Elo estratégico para a Sustentabilidade"
Da Redação


O Centro Acadêmico de Vitória (CAV) realiza, de 9 a 11 de novembro, o VI Simpósio de Ciências Biológicas e da Saúde. Meio ambiente e sustentabilidade são os temas principais do encontro, que está com inscrições online abertas. O investimento é de R$ 15 (monitor), R$ 20 (estudante) e R$ 30 (profissional). Paralelamente, acontece também o 5º Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão.

A cerimônia de abertura acontece na quarta-feira (9), às 18h, seguida de palestra com o Secretário do Meio Ambiente do Estado de Pernambuco, Sérgio Xavier, sobre a temática do encontro. Às 20h30, haverá programação cultural.

Na quinta-feira (10), às 9h, sustentabilidade é o assunto da mesa com os professores André Maurício Melo Santos (CAV) e Maria Adélia Oliveira Monteiro da Cruz (UFRPE) e a assessora da Secretaria de Saúde de Olinda, Carolina Aguiar. Às 14h, o engenheiro da Chesf Pedro Bezerra fala sobre energias renováveis. Às 15h15, “A genética aplicada ao meio ambiente” é o tema da palestra do professor Paulo Paes de Andrade (UFPE).

Às 18h30, o professor Gilmar Bezerra de Farias fala sobre “Conservação das aves e conhecimento local”. Uma mesa temática sobre qualidade de vida - com os professores Carol Virgínia Góis Leandro (CAV), Ronice Franco de Sá (Nusp/UFPE) e Wallace Lima (Uniquantica/UFPE) - fecha a noite, às 20h30. As atividades são intercaladas por apresentação de pôsteres dos alunos durante todo o dia.

Na sexta-feira (11), às 9h, o palestrante Ravi Rocha fala sobre “Iniciativas de conservação da Mata Atlântica do Nordeste”. Às 10h30, “Educação ambiental em prol da sociedade” é a temática da palestra da engenheira ambiental da Emlurb Jane Correia Gonçalves. À tarde, às 14h, “Educação: diversidade e inclusão social” dá o tom da mesa redonda com o professor Emanuel Souto da Mota Silveira (CAV), o representante do Movimento LGBT Luciano Freitas e o representante do Fórum Permanente de Educação Ético-Racial de Pernambuco Josedias Santos. A palestra das 15h30 ainda será definida. Às 19h, a mesa de encerramento conta com os coordenadores dos núcleos do CAV: Florisbela Câmara, José Eduardo Garcia e Emerson Peter Falcão. Por fim, haverá programação cultural para fechar o evento, às 20h30.

INSCRIÇÕES: http://bit.ly/uawksz

CAV promove IV Jogos Integrativos

CAV promove IV Jogos Integrativos



O Núcleo de Educação Física e Ciências do Esporte (NEFCS) do Centro Acadêmico de Vitória (CAV) da UFPE promoveu, na última sexta-feira (14) e no sábado (15), os IV Jogos Integrativos do CAV – 2011. A cerimônia de abertura contou com o tradicional desfile dos atletas na quadra poliesportiva e a apresentação de um grupo de dança dos estudantes, liderados pelos professores Flávio e João Wellington (ambos do NEFCS), seguida pela demonstração de golpes de artes marciais, à frente o estudante Rodolfo (DA de Educação Física).

O discurso de abertura foi voltado para uma homenagem especial aos pioneiros na criação dos jogos, que ocorreram em 2008, o então estudante (agora mestrando) e presidente do DA de Enfermagem, David Filippe, e todos os representantes do diretório à época, os professores Carol Leandro, Rene Duarte e Carol Peixoto. No dia da abertura, ocorreram provas de natação, dominó, judô, dama, xadrez e tênis de mesa.

No sábado, todos os jogos coletivos (vôlei, handebol e futebol) foram realizados e a entrega de medalhas aconteceu logo a seguir o evento. Além dos alunos e funcionários, a solenidade de abertura contou com a presença dos coordenadores de curso, Ana Wládia (Enfermagem), Rogério Freitas (Nutrição), Marco Fidalgo (Licenciatura em Educação Física), Carol Leandro (Bacharelado em Educação Fìsica). Também estavam presentes à mesa os professores Emerson Peter (Nutrição), Ellen Santos (Enfermagem) e Rene Duarte (Nutrição).

Os IV JICAV foram organizados pelo NEFCS e por estudantes de Educação Física do CAV, sob a coordenação dos professores Iberê Caldas, Marcelus Brito e Ary Gomes.
Mais informações
(81) 3523.3351

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Bacharelado Interdisciplinar: uma nova opção?

Opção pela mudança (fonte: http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=11880)

Universidades Federais discutem o projeto Universidade Nova, que pode mudar completamente o perfil curricular do ensino superior no Brasil.

Juliana Holanda

Atentas aos problemas e à nova realidade que exige muito mais de alunos e professores, as Instituições de Ensino Superior começam a dar sinais de que é chegada a hora da mudança.

A Universidade Federal da Bahia iniciou uma campanha pela Universidade Nova, proposta que pode mudar completamente o perfil das universidades brasileiras. No lugar de cursos específicos, os alunos passariam três anos em uma grade de Bacharelados Interdisciplinares, uma espécie de pré-graduação que antecederia a formação profissional. O curso garantiria um diploma de bacharel em área geral de conhecimento. A escolha por dar continuidade aos estudos e obter especialização profissional ficaria a critério do aluno.

O Bacharelado Interdisciplinar se dividiria em quatro grandes áreas de conhecimento: Humanidades, Artes, Ciências ou Tecnologias. O currículo seria composto por Formação Geral Obrigatória, Formação Diferencial (optativas), Formação Profissional, e uma seqüência de cursos-tronco paralelos oferecidos durante todo o programa, como, por exemplo, língua e cultura brasileira e língua estrangeira moderna.

Na Formação Geral, o aluno faria aulas de filosofia, história, antropologia, literatura, entre outros. Na Formação Diferencial, os alunos poderiam optar por fazer módulos de introdução aos cursos profissionais. Os cursos de Formação Profissional seriam optativos e oferecidos somente aos alunos da área de conhecimento do Bacharelado correspondente que concluíssem a Formação Geral. A prioridade de matrícula seria dada por desempenho do aluno na Formação Geral e Diferencial. O modelo segue os padrões americano - College, e europeu - processo de Bolonha. Se desejasse seguir os estudos, o aluno passaria por um processo interno de seleção para a opção que escolhesse: licenciatura, cursos profissionais ou, no caso de estudantes com desempenho excepcional, a possibilidade de ingressar direto na pós-graduação.

Uma proposta mais elaborada do projeto deve ser apresentada no final de março em evento que reunirá as universidades federais. Posteriormente, cada universidade submeterá o projeto ao seu conselho diretor. Levantamento da UFBA comprova que não há impedimento legal para a adoção do modelo, já que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional não define estrutura ou função dos cursos de graduação. A expectativa é de que, no caso das instituições que aprovem a proposta rapidamente, o sistema possa ser implementado no ano que vem.

Para o reitor da UFBA, Naomar Monteiro de Almeida, o modelo proporcionará alunos mais maduros e preparados para as respectivas profissões. "Haverá menores taxas de evasão porque as vocações resultarão de escolhas mais conscientes", acredita.

A Universidade de Brasília está entre as 17 instituições federais que se mostraram propensas a adotar o projeto. O reitor da Universidade, Timothy Mulholland, acredita que será uma solução para a expansão do acesso ao ensino superior e que a mudança curricular poderá ajudar na diminuição da evasão.

Pelo princípio da Universidade Nova, os alunos não precisariam se submeter ao vestibular. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderia ser usado como processo seletivo. Naomar calcula que a Universidade Nova poderia acolher até o dobro das vagas destinadas aos cursos profissionais e de pós-graduação com maior proporção aluno/docente. Como o Bacharelado Interdisciplinar receberia alunos para formações gerais, o modelo também poderia diluir a competição concentrada em cursos de maior apelo social. Mas Naomar admite que não é possível garantir o acesso a todos. "Haverá vagas, não para todos os candidatos, mas para todos os que se apresentarem com talento, motivação e vocação".

Um dos problemas da evasão, a falta de identificação com o curso escolhido, seria minimizado na Universidade Nova, porque o aluno só escolheria a formação profissional após três anos de contato com o ambiente universitário. Para Roberto Lobo, um dos problemas do atual modelo são as dificuldades que se impõem ao aluno que decide trocar de carreira. "Há obstáculo demais na mudança de curso. A transferência é difícil e o aluno se desencoraja. Um dos passos para combater a evasão é facilitar a vida acadêmica".

O reitor da UFBA, Naomar de Almeida, acredita que a Universidade está muito distante dos alunos. "A sociedade está mudando em uma velocidade cada vez maior, e a universidade velha reprime a mudança. Ninguém pode mudar dentro da universidade. Nem de curso nem de vocação. Nenhuma surpresa com o alto índice de evasão que, para mim, significa mesmo alto índice de decepção".
As escolas particulares poderiam seguir os passos da Universidade Nova, mas teriam algumas dificuldades, na avaliação do consultor Roberto Lobo. A primeira seria o custo de uma grade generalista, que traria a necessidade de contratação de docentes com formação mais integrada. Por outro lado, a união de turmas reduz custos e ajudaria a nivelar as diferenças no primeiro ano de ensino.

Outro problema, na avaliação do consultor Roberto Lobo, é o perfil do estudante brasileiro, ansioso pelo contato com a profissão. "As instituições teriam que explicar ao aluno que ele vai ganhar com uma formação geral. A instituição privada teria que colocar à disposição disciplinas mais profissionalizantes".

O Ministério da Educação se mostrou favorável à proposta. O diretor do Departamento de Desenvolvimento da Educação Superior, Manuel Palácios, declarou que para atender a um maior número de jovens é necessário uma estrutura acadêmica que permita ao estudante construir uma trajetória pessoal de educação. "Se não mexer nisso, vai continuar existindo uma imensa taxa de evasão tanto nas instituições particulares quanto nas públicas."

Para Palacios, a formação interdisciplinar atende à demanda do mercado por profissionais qualificados. "Há poucos empregos claramente associados com a formação tradicional das universidades. Mas existe uma demanda imensa por profissionais qualificados. O profissional precisa se formar com competência para atuar em diferentes áreas".

O reitor da UnB, Timothy Mulholland, concorda. "Muitas vezes a pessoa não é contratada para atuar na área em que se formou, por exemplo, no caso dos sociólogos. Até engenheiros trabalham em outros ramos. Há um descompasso entre o que a Universidade acha que está fazendo e o mercado."


FORMAÇÃO GERAL É COMUM NA EUROPA E NOS ESTADOS UNIDOS

O projeto da Universidade Nova é compatível com os modelos americano e europeu. Nos Estados Unidos, após concluir o segundo grau, os alunos têm diversas ofertas de escolha: universidades, colleges e escolas profissionalizantes. Os estudos universitários ou de colleges são considerados de educação superior. O college pode ser em dois anos, no qual se obtém o chamado associated grade, ou em quatro, o que concede bacharelado. Nos dois primeiros anos de graduação, o aluno recebe uma educação geral, quando são oferecidos os cursos básicos. Nos últimos dois anos, o aluno escolhe uma área de especialização. Também é possível cursar matérias em outras áreas de interesse. A cada aluno é designado um orientador, que o ajuda a planejar o curso e a prepará-lo para os estudos de pós-graduação.
O modelo europeu foi unificado pelo processo de Bolonha a partir de 1998. O objetivo foi harmonizar os currículos e permitir que estudantes de qualquer instituição de ensino superior pudessem iniciar a formação acadêmica, continuar os estudos, concluir a formação superior e obter um diploma europeu reconhecido em qualquer universidade dos estados membros.
No processo de Bolonha, cuja meta de implantação total é para 2010, o Ensino Superior passará a ser organizado em três ciclos: o primeiro, com duração de três anos, correspondente ao grau de Licenciatura; o segundo, de dois anos, correspondente ao grau de mestre; e o terceiro, com duração de três anos, correspondente ao grau de doutor.
A introdução generalizada do sistema de créditos em todos os tipos de formação vai permitir a acumulação dos créditos, facilitando a transferência dos estudantes de um curso para outro.