quinta-feira, 22 de novembro de 2012

GPRC5B Ativa à obesidade associadas a sinalização inflamatória nos adipócitos


Estudo recentemente (20/11/12) publicado na Science trouxe mais uma peça no quebra cabeça para se entender os mecanismos associados com os efeitos deletérios de algumas dietas na patogênese da diabetes tipo 2.

Um estudo  amplo de avaliação do genoma identificou uma forte correlação entre o índice de massa corporal e a presença da cópia do gene GPRC5B, no entanto, o papel funcional da GPRC5B na obesidade permanece desconhecida. Relatos com camundongos deficientes de GPRC5B mostram que os animais ficaram protegidos da obesidade induzida por dieta e da resistência à insulina devido a redução da inflamação no tecido adiposo branco. GPRC5B é uma lipo-proteína transmembranar com múltiplos resíduos fosforilados na sua extremidade carboxila. A fosforilação da GPRC5B pela tirosina quinase Fyn e a subsequente interação direta com Fyn através da proteína homologa Src Fyn 2 (SH2) eram domínio críticos para a iniciação e progressão de sinalização inflamatória no tecido adiposo. Kim et al. (2012) demonstraram que um mutante para o GPRC5B não ativa um ciclo de feedback positivo do NFkB. Estes achados sugerem que GPRC5B pode ser um nó importante nos sistemas de sinalização adiposas que ligam obesidade induzida por dieta e diabetes tipo 2 e pode abrir novos caminhos para abordagens terapêuticas para a progressão da diabetes.

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Sintomas do autismo revertida em camundongos


Recente estudo publicado na Revista Nature mostrou que a hiperconectividade neural causada pela produção de proteínas pode ser desfeita.


Como o diagnóstico do autismo tem aumentado, a necessidade de terapias eficazes tem aumentado com urgência. Um artigo publicado na Nature (21/11/12) descreve maneiras de reverter os sintomas semelhantes autismo em um novo modelo com camundongos transgênicos.

Transtorno do espectro do autismo (ASD) afeta até 1 em 110 pessoas. Embora algumas drogas têm se mostrado promissor em modelos de ratos, nenhum é capaz de tratar os déficits sociais fundamentais comuns a ASD em seres humanos.

Uma equipe de pesquisadores liderada por Naum Sonenberg da Universidade McGill, em Montreal, Quebec, criou um novo modelo de autismo em camundongos e em seguida, inverteu seus sintomas. Eles começaram realizando uma modificação genética de modo que os camundongos não tinham o gene Eif4ebp2. A proteína 4E-BP2 produzida por esse gene suprime a tradução de RNAs mensageiros determinados, de modo que nocauteando Eif4ebp2 algumas proteínas são sintetizados em níveis acima do normal.

Camundongos que não expressam o  Eif4ebp2 exibem muitos sintomas semelhantes ao autismo, incluindo interação social pobre, comunicação alterados e comportamentos repetitivos. Sonenberg e seus colaboradores descobriram que um grupo de proteínas que são produzidas em níveis acima do normal na ausência de Eif4ebp2 são as neuroliginas (NLGNs), que ficam na membrana dos neurónios e ajudam a criar e manter as conexões, ou sinapses, entre as células nervosas.

Quando os autores examinaram fatias de cérebro de ratos, eles descobriram que a superprodução de NLGNs nas sinapses, são propensas a superestimulação, estabelecendo um "hiperconectividade" que muitos pesquisadores acreditam que subjaz os sintomas do ASD.

Embora a síntese de proteínas tenha sido implicado na gênese do autismo antes, os seus efeitos sobre proteínas sinápticas foram opacos, diz Jack Price, um neurobiólogo do Instituto Kings College de Psiquiatria de Londres. "Esta nova pesquisa ajuda a fechar essa lacuna, fornecendo uma ligação direta entre tradução e neuroliginas".

Sonenberg e seus colegas também mostram que os efeitos de excluir Eif4ebp2 pode ser revertida. Porque 4E-BP2 bloqueia a tradução por perturbar o complexo de proteína que inicia o processo de síntese, com isso os investigadores testaram uma droga de molécula pequena que se liga a um dos componentes das proteínas do complexo de iniciação da tradução, prevenindo a montagem correta do complexo, reduzindo o efeito da deleção do gene.

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Proteína leva Parkinson para Células Nervosas

E pode ser o novo alvo de tratamento para desacelerar a doença.

Equipe comandada por Virginia Lee, neurobióloga da University of Pennsylvania na Filadélfia, injetou uma versão sintética e proteína α-sinucleína nos cérebros de ratos normais e observou o aparecimento e o agravamento progressivo das principais características da doença de Parkinson. O estudo, publicado em 15 de novembro na Science, sugere que a doença se espalha de uma célula nervosa a outra por uma proteína malformada, em vez de surgir espontaneamente nas células.

A descoberta indica a possibilidade usar um anticorpo que se ligue à α-sinucleína defeituosa quando ela passa de uma células nervosa a outra. “É muito difícil pedir aos anticorpos não apenas que entrem no cérebro, mas que entrem em células”, observa Lee. “Mas agora temos a possibilidade de deter a disseminação. E se pararmos a disseminação, talvez consigamos desacelerar a progressão da doença”.

A ideia de que o Parkinson pode ser disseminado de neurônio para neurônio por uma proteína descontrolada decolou em 2008, quando transplantes de tecido nervoso fetal feitos em pacientes com a doença apresentaram células com os aglomerados característicos da doença. Isso indicou que as células vizinhas doentes tinham, de alguma forma, afetado o tecido transplantado. Estudos subsequentes mostraram que a α-sinucleína pode se espalhar entre células adjacentes e provocar a morte celular.

Permanecia, no entanto, a questão sobre se a α-sinucleína era responsável pela cascata de danos observada no mal de Parkinson. Lee declara que ela e sua equipe agora conhecem as consequências do trânsito de α-sinucleína no cérebro.

“Sabíamos que a transferência de α-sinucleína de uma célula para outra poderia acontecer, mas não sabíamos se ela poderia ter um papel significativo na doença”, observa Tim Greenamyre, diretor do Instituto Pitsburgh para Doenças Neurodegenerativas na Pennsylvania, que não se envolveu no último trabalho. 

Disseminação insidiosa

O mal de Parkinson tem duas características distintas: células nervosas com aglomerados de proteína chamados de corpos de Lewy e uma perda dramática de células nervosas que produzem o mensageiro químico dopamina. Quando a equipe de Lee injetou a α-sinucleína defeituosa em uma parte do cérebro de ratos rica em células produtoras de dopamina, verificou que começaram a se formar corpos de Lewy. Isso foi seguido pela morte de neurônios de dopamina. De acordo com os pesquisadores, células nervosas que se ligavam às células próximas do local da injeção também desenvolveram corpos de Lewy, um sinal de que a transmissão célula-a-célula estava acontecendo.

Quer saber mais, acesse : 
http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/dobramento_inadequado_de_proteina_transmite_parkinson_de_celula_para_celula.html

Bacharelado em Edução Física


Prezados amigos do Blog, estamos em um período muito importante no ano, o período pre - Vestibular. E faz-se necessário esclarecer uns pontos importante associados ao curso de Bacharelado em Educação Física e mesmo ao futuro profissional em relação a área de atuação. Por isso postamos hoje informações para melhor esclarecer e orientar os futuros alunos interessados em Educação Física.
Objetivos do Curso de Bacharelado em Educação Física 
Formar profissionais qualificados para intervir, acadêmica e profissionalmente, em instituições públicas e privadas, no componente de educação física em academias, clubes, centros esportivos e/ou recreativos, acampamentos, hotéis, clínicas, hospitais e organizações não-governamentais. O Bacharel em Educação Física deverá estar capacitado para o pleno exercício profissional na elaboração de programas de treinamento físico em clubes, como técnicos de desporto, e técnico de desporto de alto rendimento.
Duração: 8 semestres
Carga horária total (aproximadamente): 3375 horas

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cientistas identificam novo gene de risco para Alzheimer


Duas equipes internacionais de cientistas identificaram uma rara mutação em um gene ligado a inflamações que aumenta significativamente o risco de desenvolver a forma mais comum de Alzheimer, a primeira descoberta do tipo em uma década.

A descoberta, publicada esta semana no "New England Journal of Medicine", fornece novas interpretações sobre as bases do Alzheimer, uma doença mortal, devastadora, que rouba memórias, independência e a vida das pessoas.

Em estudos separados, as equipes lideradas pelo laboratório deCode Genetics e por John Hardy, do University College de Londres, descobriram que pessoas com uma mutação no gene chamado TREM2 tem quatro vezes mais chance de ter Alzheimer.

O risco de desenvolver a doença é comparável ao ApoE4, a causa genética mais conhecida de Azheimer que atinge os idosos. Entretanto, o novo gene é dez vezes mais raro que o ApoE4, que atinge 40% das pessoas com o mal.

Raro ou não, cientistas dizem que a descoberta representa um grande avanço na pesquisa do Alzheimer.
"Trata-se de uma das mais comuns e mais devastadoras doenças em humanos, e nós ainda não temos um bom entendimento das causas desse mal", disse Allan Levey, diretor do Centro de Excelência da Doença de Alzheimer de Emory (Atlanta, EUA) que auxiliou na confirmação das descobertas do deCode. "Acredito que isso é muito importante. Proporciona outra importante pista de um dos fatores biológicos que contribuem para causar a doença", completou.

Apesar das inúmeras tentativas, a indústria farmacêutica se frustrou em seus esforços de desenvolver uma droga que possa alterar as origens do Alzheimer, que afeta mais de 5 milhões de norte-americanos e custa anualmente ao país mais de US$ 170 bilhões em tratamento.

Pesquisas atuais têm sido focadas na remoção de amontoados de proteína --conhecida como beta-amiloide-- que se acumulam no cérebro das pessoas com o mal de Alzheimer. Porém, muitas drogas que têm sido desenvolvidas para remover essas proteínas têm falhado na melhora significativa dessa forma de demência.

Com a nova descoberta, pesquisadores acreditam que o foco será no papel da inflamação no Alzheimer.

Influência do treinamento físico aeróbio no transporte mitocondrial de ácidos graxos de cadeia longa no músculo esquelético: papel do complexo carnitina palmitoil transferase

O ácido graxo (AG) é uma importante fonte de energia para o músculo esquelético. Durante o exercício sua mobilização é aumentada para suprir as necessidades da musculatura ativa. Acredita-se que diversos pontos de regulação atuem no controle da oxidação dos AG, sendo o principal a atividade do complexo carnitina palmitoil transferase (CPT), entre os quais três componentes estão envolvidos: a CPT I, a CPT II e carnitina acilcarnitina translocase.

Quer saber mais, acesse: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922008000200013scl&lang=pt

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O cronômetro do cérebro

Compostos encontrados no sangue podem indicar o grau de envelhecimento cerebral
Revista FAPESP Edição 200 - Outubro de 2012
Um grupo de pesquisadores brasileiros parece ter encontrado uma forma simples e pouco invasiva de medir o grau de envelhecimento do cérebro. Em estudos com roedores e com seres humanos, eles observaram que o nível de três compostos encontrados em células do sangue pode refletir a saúde das células cerebrais. A expectativa é que, caso os testes que ainda precisam ser realizados sejam bem-sucedidos, se chegue a uma forma de identificar doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e o Parkinson nos estágios bem iniciais, antes de os sinais clínicos surgirem.
“Encontramos no sangue de pessoas com essas doenças um conjunto de compostos que indicam a produção excessiva de substâncias tóxicas no cérebro”, explica o farmacologista Cristoforo Scavone, chefe do Laboratório de Neurofarmacologia Molecular no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) e um dos coordenadores da pesquisa.
Scavone e as farmacologistas Tania Marcourakis, da Faculdade de Ciência Farmacêuticas da USP, e Elisa Kawamoto, atualmente pesquisadora nos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, procuram há mais de uma década compostos que funcionem como marcadores biológicos do envelhecimento cerebral e das enfermidades que costumam acometer o cérebro à medida que a idade avança. De acordo com algumas teorias, o corpo envelhece – e morre – porque suas células perdem a capacidade de se recuperar de danos que ocorrem o tempo todo, causados por radicais livres. Segundo esse raciocínio, doenças como o Alzheimer surgiriam em consequência do envelhecimento acelerado das células cerebrais, que se tornaram incapazes de combater os radicais livres produzidos nas reações químicas necessárias para manter a vida, em especial, a respiração celular, que converte o açúcar glicose em energia.
Tania, Elisa e Scavone compararam os níveis de compostos produzidos por células do sangue e do cérebro e identificaram três que refletiriam a capacidade de lidar com os radicais livres. Todos os três são compostos de nome complicado – monofosfato cíclico de guanosina (GMP cíclico), óxido nítrico sintase (NOS) e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) –, cujos níveis variam à medida que o organismo envelhece.
........quer ler mais, acesse o site da Revista FAPESP.