Coração aguenta maratona

Revista FAPESP-Edição Impressa 192 - Fevereiro de 2012

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Prova de longo percurso: risco de parada cardíaca em maratona não é maior do que em corrida casual

Correr os 42,2 quilômetros de uma maratona não aumenta o risco de sofrer parada cardíaca. Pelo menos, não mais do que outros esportes, segundo Aaron Baggish, do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos. A equipe de Baggish analisou todos os casos de parada cardíaca registrados entre os 
11 milhões de pessoas que participaram de maratonas ou meias-maratonas nos Estados Unidos entre 2000 e 2010. Acreditava-se que o risco de sofrer parada cardíaca durante as provas fosse muito alto. Mas isso não foi observado. O trabalho mostrou que o risco é, no máximo, igual ao de quem faz triatlo ou corre esporadicamente. No total foram registradas 59 paradas cardíacas (42 fatais) nas maratonas e meias-maratonas. A maioria das pessoas cujo coração parou de bater nas provas tinha problemas cardíacos preexistentes e não diagnosticados (New England Journal of Medicine, janeiro de 2012).