Durante anos, no século XX, o lactato foi considerado o “criminoso metabólico” da glicólise devido à hipóxia, foi considerado também a causa primária do débito de O2 após o exercício físico, também foi acusado de ser a principal causa da fadiga muscular, e o fator-chave na lesão muscular induzida pela acidose. A partir dos anos 70, alguns crimes metabólicos foram desvendados e a “revolução do lactato” ocorreu. Atualmente, parece que o aumento da produção e concentração de lactato em resposta a anoxia e a disóxia é mais uma exceção do que uma regra. A acidose induzida pelo lactato está sendo re-avaliada como um fator que determina a fadiga do músculo. A origem do aumento da concentração de lactato na lesão e sepsis está sendo re-investigada. O lactato está sendo considerado um intermediário importante no processo de cicatrização e reparo tecidual. Agora, as evidências convergem para o papel fundamental do lactato em numerosos processos metabólicos, particularmente mobilizando combustível para o metabolismo aeróbio, e talvez como um mediador do estado redox entre vários compartimentos dentro e fora da célula. Existe unanimidade experimental para suportar a hipótese da comunicação célula-célula via lançadeiras de lactato.
Saiba mais sobre as acusações de crimes metabólicos sofridas pelo lactato e as provas da sua inocência na BIOQUÍMICA DO EXERCÍCIO (próximo semestre...aqui no NEFCS do CAV)
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