sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Fatores associados à imagem corporal em estudantes de Educação Física

Tatiana Rodrigues Silva, Guilherme Saenger, Érico Felden Pereira
Revista Motriz. Vol. 17, No 4 (2011) "em editoração"

Resumo

Objetivou-se investigar alguns fatores associados à percepção da imagem corporal em acadêmicos de educação física. 230 estudantes responderam a um questionário com questões relacionadas à imagem corporal e práticas de atividade física. Avaliações antropométricas foram realizadas. Análises ajustadas da insatisfação pelo excesso de peso e pela magreza foram apresentadas. As prevalências de insatisfação com a imagem corporal foram de 62,8% para o sexo masculino e de 67% para o feminino. A insatisfação pela magreza foi 2,71 (IC95%: 1,47-4,99) vezes maior no grupo masculino e a insatisfação pelo excesso de peso foi 2,22 (IC95%: 1,40-3,54) vezes maior no grupo feminino. Devido às altas prevalências de insatisfação com a imagem corporal identificadas, sugere-se que os cursos de formação dêem maior destaque a temas como imagem corporal e padrões de beleza nas atividades curriculares, possibilitando uma melhor atuação junto a grupos com distorções de imagem corporal, comuns em escolas e academias.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Aspectos sobre a relação entre exercício físico, estresse oxidativo e zinco.

Rev. Nutr. [online]. 2011, vol.24, n.4, pp. 629-640. ISSN 1415-5273. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732011000400011.

Este trabalho visa a contribuir com informações sobre a relação entre exercício físico, estresse oxidativo e zinco. A formação de espécies reativas de oxigênio durante o exercício pode contribuir para danos tissulares e celulares, prejudicando o desempenho do atleta. Podem amenizar esses efeitos alguns minerais, como o zinco, que atuam como cofator da enzima superóxido dismutase e na regulação da síntese da metalotioneína, proteínas importantes no sistema de defesa antioxidante. No exercício físico, ocorrem distúrbios na compartimentalização do zinco, com alterações da concentração desse mineral em compartimentos celulares. No entanto, os mecanismos envolvidos no comportamento metabólico do zinco bem como a participação do mineral na melhora do desempenho físico ainda não estão totalmente esclarecidos. Dessa forma, conclui-se que a distribuição do zinco em organismos submetidos ao estresse oxidativo e os efeitos da deficiência desse mineral na capacidade antioxidante durante o exercício ainda devem ser pesquisados mais profundamente.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Prof Raul Manhães de Casto torna-se membro da ACADEMIA PERNAMBUCANA DE CIÊNCIAS.

Tenho muita alegria em parabenizar o nosso querido Prof Raul por este reconhecimento e agraciamento da comunidade científica do nosso estado. Eu tenho a honra e o prazer de ter sido formada por ele desde o meu início na pesquisa no doutorado. Quantas vezes fico grata por ter um grande maestro regendo cada passo adiante que tenho dado ao longo da minha vida acadêmica e científica. E assim é com todos os estudantes que passam por ele.

O Prof Raul sempre prezou pela história da Nutrição no nosso estado e tem sido reconhecido não somente em termos locais, mas também em nível nacional e internacional.

Sua produção científica inclui mais de 120 artigos publicados em periódicos internacionais e nacionais, mais de 500 trabalhos apresentados em congressos nacionais e internacionais, já coordenou programas de colaborações internacionais que propiciaram a ida de vários de nossos colegas para o exterior, coordena projetos de colaboração com laboratórios de referencia em nosso país, já formou vários doutores e mestres que hoje estão atuando como professores/pesquisadores em várias Instituições de ensino superior do nosso país e já foi coordenador da nossa pós-graduação em nutrição elevando para o nível 5 da capes.

Não é de se surpreender que haja o reconhecimento pela excelência do seu trabalho e empenho em formar pesquisadores e cuidar com todo amor e carinho dos seus orientandos. Eu particularmente tenho muito a agradece-lo por tudo que tem feito para tornar o nosso grupo de pesquisa como referencia no país e no exterior.

Este é um momento de comemoração e de parabenizar o Prof Raul por ser membro da ACADEMIA PERNAMBUCANA DE CIÊNCIAS.

A Academia Pernambucana de Ciências teve a grata satisfaçao de comunicar
ao Prof Dr Raul Manhaes de Castro que o seu Conselho Técnico Científico ao analisar o currículo do referido pesquisador, aprovou por unanimidade, para fazer parte do corpo social de Acadêmicos. A posse está marcada para 15 de dezembro próximo em Sessão Solene às 19h30 min no auditório da FIEPE-Federaçao das Industrias de Pernambuco - situada a Av. Cruz Cabugá, 767 - Santo Amaro - Recife- PE.


Para voce meu querido amigo e companheiro, um dos poemas de Fernando Pessoa que voce mais gosta

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente nao cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.

Ricardo Reis, 12-6-1914

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Estudo ajuda a entender ação terapêutica de células-tronco

Estudo ajuda a entender ação terapêutica de células-tronco
Por Valéria Dias - valdias@usp.br
Publicado em 6/dezembro/2011 | Editoria : Saúde

Diversos estudos científicos mostram que o tratamento com células-tronco adultas obtidas da medula óssea e do tecido adiposo pode, muitas vezes, atenuar ou mesmo reverter sinais e sintomas de algumas doenças crônicas, incluindo as distrofias musculares. No Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, uma pesquisa realizada pelo fisioterapeuta Carlos Hermano da Justa Pinheiro apresenta resultados inéditos que ajudam a compreender como ocorre essa melhora no quadro clínico.
Célula-tronco diminui inflamação no músculo com distrofia muscular de Duchenne

Pinheiro estudou camundongos geneticamente modificados para apresentarem distrofia muscular de Duchenne, doença genética causada pela deficiência na produção da distrofina, proteína muito importante para a célula muscular esquelética, pois mantêm a integridade da membrana celular. “Nosso estudo constatou que a aplicação de célula-tronco mesenquimal [um tipo de célula-tronco adulta] influencia diretamente no mecanismo que rege a inflamação no músculo com distrofia, diminuindo a mesma. E isto parece estar mais associado à melhora no quadro clínico do que a diferenciação das células-tronco em células musculares esqueléticas”, revela o pesquisador.

Pacientes com distrofia muscular são suscetíveis a lesões induzidas por atividade contrátil. Eles nascem sem nenhuma lesão aparente. À medida que vão se desenvolvendo, a musculatura começa a degenerar-se e vai sendo preenchida por tecido fibroso (fibrose) com consequente perda na função muscular. “O quadro inflamatório crônico no músculo distrófico tem efeito negativo para a massa muscular levando à atrofia. É como se o músculo esquelético envelhecesse precocemente devido a sucessivas tentativas de reparo do tecido danificado”, conta. “Dentre as estratégias terapêuticas promissoras para distrofia está o rejuvenescimento do microambiente muscular por meio da terapia gênica para aumento da formação de novos vasos sanguíneos no músculo distrófico”, explica. Terapia gênica é a inserção de genes no tecido visando suprir deficiências.

Na pesquisa de Pinheiro, foi observado que os animais tratados com células-tronco apresentaram aumento da formação de novos vasos sanguíneos, redução na formação de tecido fibroso, diminuição da inflamação muscular e preservação da massa e da força muscular.

Segundo o fisioterapeuta, a grande pergunta envolvendo esta questão é: “As células-tronco injetadas no músculo esquelético se diferenciam em células musculares esqueléticas ou exerceriam também alguma outra função local no tecido muscular distrófico?”. De acordo com o fisioterapeuta, muitos estudos já demonstraram que as células-tronco adultas restauram a expressão de distrofina em modelos experimentais de distrofia muscular. “Porém, o mecanismo que leva à melhora clínica poderia envolver outros efeitos das células-tronco além da formação de novas fibras musculares sem a deficiência que resulta na distrofia”, contextualiza.

Tratamento com células-tronco
A média de vida de camundongos gira em torno de dois anos. Os que foram usados na pesquisa, camundongos mdx, apresentavam grande comprometimento da produção de força muscular entre 6 e 12 meses de vida. “Foi nesse período que investigamos o efeito do tratamento com células-tronco mesenquimais nos animais distróficos”. Pinheiro utilizou um sistema de avaliação da função muscular (produção de força muscular dos animais) onde a inervação e a circulação sanguínea estão preservadas.

O pesquisador trabalhou com células-tronco obtidas do tecido adiposo de outros camundongos sem distrofia, que foram isoladas e cultivadas. “Trabalhamos com células-tronco mesenquimais pois elas podem ser isoladas de tecidos específicos como medula óssea, tecido do cordão umbilical e tecido adiposo. Neste último caso é fácil obter material proveniente de lipoaspiração.”

Pinheiro realizou vários experimentos, trabalhando com grupos que variaram de 8 a 12 animais. Foram aplicadas 4 injeções de células-tronco, uma vez por semana, durante 4 semanas. As aplicações foram realizadas dentro do músculo gastrocnêmio, que fica na região conhecida como “batata da perna”. Em humanos, esse músculo é importante para a postura em pé e para marcha; nos animais, para o impulso da passada. Na outra pata dos camundongos, foi aplicado placebo. Após uma semana do final do experimento, o pesquisador avaliou a função contrátil do músculo esquelético que recebeu as injeções de células-tronco, assim como do músculo da outra pata (que não recebeu as células) e as comparou com animais sem distrofia muscular.

“Nos animais que receberam injeções de células-tronco foi constatado que a perda da função muscular era insignificante quando comparado aos animais sem distrofia. Detectamos um aumento do conteúdo de marcadores de regeneração muscular, indicando formação de tecido muscular novo. Entretanto, esse aumento foi bem discreto diante da grande melhora observada na função muscular, sugerindo o envolvimento de outros mecanismos”, revela o pesquisador. “O aumento desses marcadores poderia ter sido ocasionado por duas razões: as células-tronco aplicadas se transformaram em células musculares esqueléticas, ou elas acabaram por estimular a regeneração espontânea do tecido muscular. Então resolvemos investigar esses achados”, relata.

Efeito na inflamação
Nesta investigação, Pinheiro constatou que, nos músculos tratados com células-tronco, alguns marcadores inflamatórios, como o conteúdo de citocinas pró-inflamatórias (como TNF-alfa e interleucina-6) e as espécies reativas de oxigênio (EROs), estavam diminuídos. Também houve aumento de citocinas anti-inflamatórias (interleucinas 4 e 10). O fisioterapeuta constatou ainda maior conteúdo de macrófagos M1, que “limpam” a área inflamada e soltam substâncias que vão ajudar a reparar o tecido lesado. “Essas células do sistema imune são importantíssimas para a regeneração do músculo esquelético, pois aceleram esse processo”, comenta. Houve também uma redução no conteúdo de TGFB1 (fator de crescimento transformante b1), que sinaliza para os fibroblastos proliferarem e acelerarem a formação do processo fibrótico.

Ao mesmo tempo, foi verificado um aumento do conteúdo do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), que, ao ser liberado no músculo, estimula o crescimento de novos vasos sanguíneos. “Na distrofia muscular de Duchenne, o efeito terapêutico do aumento de VEGF no músculo esquelético é bem demonstrado por meio da terapia gênica”, conta o fisioterapeuta. De acordo com o pesquisador, esses resultados podem auxiliar na compreensão do efeito terapêutico das células-tronco mesenquimais.

Um artigo sobre o tema, Local Injections of Adipose-Derived Mesenchymal Stem Cells Modulate Inflammation and Increase Angiogenesis Ameliorating the Dystrophic Phenotype in Dystrophin-Deficient Skeletal Muscle, foi publicado na edição de agosto da revista Stem Cell. A pesquisa do fisioterapeuta, que é bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), tem orientação do professor Rui Curi, do ICB, e previsão de defesa em 2012.

Prof Mônica Adam do nosso NEFCS em destaque - Parabéns pelo brilhante trabalho

ESTUDO Pesquisa revela que esgoto despejado no mar está modificando o material genético do peixe, comum na mesa do pernambucano

A poluição do mar ao largo do Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, por vezes mascarada pela beleza das praias, atinge até mesmo o DNA dos peixes. É o que revela pesquisa que analisou amostras de tainhas, espécie comum na costa e também na mesa dos pernambucanos.

O estudo quantificou os micronúcleos de células sanguíneas do animal. Os micronúcleos, que orbitam o núcleo celular, se formam naturalmente no processo de divisão celular dos seres vivos. É comum a existência de, no máximo, 15 deles em cada três mil células. Nas tainhas, a equipe da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) encontrou valores até sete vezes maior, revelando que os poluentes afetaram geneticamente os peixes.

As tainhas analisadas caíram na rede a distâncias de até 100 metros das praias de Bairro Novo e Rio Doce, em Olinda, e do Pina e Boa Viagem, no Recife. Em Jaboatão dos Guararapes, o estudo ainda está em curso, mas resultados preliminares revelam quadro de poluição semelhante.

A origem da poluição que afeta o DNA dos peixes, segundo os pesquisadores, é o esgoto. Resíduo de detergente, restos de medicamentos e óleo lubrificante podem causar poluição de grande impacto, exemplifica a professora da UFPE Mônica Adam.

A contaminação dos animais se dá pela pele, pela ingestão, ou pela respiração, que, no caso dos peixes, é feita pelas brânquias, onde o oxigênio da água é retido. Detritívora, a tainha quando adulta come restos que se acumulam no fundo do mar. É também no assoalho marinho onde se depositam muitos dos poluentes carreados pelo esgoto, o que torna o peixe mais vulnerável à sujeira.

Os resultados dos estudos, iniciados em 2010, mostram que a situação das praias de Olinda é ainda pior. Para Mônica Adam, a presença de proteções costeiras e diques nas duas praias avaliadas pode contribuir para o problema.

Os diques causam sérios problemas de circulação de água, principalmente na baixa mar. Associado à intensa urbanização, isso pode favorecer uma concentração maior de poluentes, avalia.

A análise da frequência de micronúcleos é um dos parâmetros da genotoxicidade da água. Substância genotóxicas, lembra a pesquisadora, são potencialmente mutagênicas ou cancerígenas.

Na avaliação de Mônica Adam, as análises dos efeitos dos poluentes sobre o material genético são importantes para avaliar o papel mutagênico e carcinogênico dessas substâncias. E ainda seus possíveis efeitos sobre as populações, uma vez que podem atuar de maneira a diminuir a variabilidade genética.

Os altos valores de células micronucleadas apresentados demonstraram que há danificação genômica nos tecidos dos peixes. Os danos evidenciados no material genético das tainhas sugerem também uma provável exposição a agentes genotóxicos dispersos no meio aquático, entre os quais substâncias tóxicas que se encontram em esgotos domésticos e dejetos (orgânicos e inorgânicos) de embarcações, conclui.


Trabalho vai ser feito em 5 estuários

O estudo da poluição no litoral do Grande Recife, a partir de alterações genéticas de organismos aquáticos, será estendido para cinco estuários de Pernambuco. Além da tainha, a equipe da UFPE vai analisar alterações genéticas em um molusco e um crustáceo.

O projeto de pesquisa, intitulado Genotoxicidade e erosão genética como instrumentos de monitoramento e gestão de ambientes estuarinos no Estado de Pernambuco, será realizado no estuário dos Rios Goiana, em Goiana, Jaguaribe, em Itamaracá, Capibaribe, no Recife, Maracaípe, em Ipojuca, e Rio Formoso, em Tamandaré.

O crustáceo será o guaiamum e o molusco ainda está sendo escolhido. O guaiamum tem como hábitat os sedimentos, assim está exposto predominantemente aos poluentes retidos no substrato, que é o fundo de rios, mares e mangues.

O critério de escolha das espécies a serem estudadas teve como base a sua relação direta e indireta com o ambiente estuarino. Todas são exploradas economicamente pela pesca, estando a espécie de crustáceo incluída na Lista Nacional das Espécies de Invertebrados Aquáticos e Peixes Ameaçadas de Extinção, lembra a bióloga.

Em cada um dos estuários serão realizadas coletas em pontos próximos à do conexão do rio com o mar. As coletas serão realizadas nos períodos chuvoso (abril a julho) e seco (agosto a março), respeitando os locais estabelecidos na primeira amostragem. Serão coletados 10 espécimes de cada espécie, em cada ponto.

A contaminação dos estuários, lembra a pesquisadora, se deve principalmente ao despejo de esgoto doméstico. Mas também aos pesticidas utilizados na agropecuária e aos resíduos urbanos.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mensagem da Profa Carmem Burgos - coordenadora da Bioquímica Solidária 2011.2

Caros Alunos,

Gostaria de agradecer a participação e contribuição de todas as turmas no Bioquímica Solidária 2011.2 do CAV.

A campeã das doações foi a turma do primeiro período de Licenciatura em Educação Física do CAV com 264 unidades de fraldas geriátricas arrecadadas. Parabéns!

No total conseguimos arrecadar:

- 612 Unidades de Fraldas Geriátricas
- 10 Gazes
- 10 Colas Gliter
- 89 Rolos de Papel Crepon
- 87 Réguas
- 84 Tesouras
- 12 Caixas de Lápis de Cor
- 2 Kits de Pincéis
- 2 Caixas de Tinta com 6 Unidades
- 1 Caixa de Massa de Modelar
- 1 Hidrocor
- 85 Colas
- 14 Lápis Comuns
- 4 Resmas de Papel Ofício
- 2 Folhas de Emborrachados
- 1 Caderno
- 6 Cartolinas

Entregamos hoje uma parte das doações ao Lar São Francisco de Assis e na próxima segunda-feira (12/12) na parte da tarde, entregaremos as demais doações a Casa dos Pobres e ao Instituto Evangélico. Todos estão convidados a nos acompanhar.


Obrigada e um forte abraço,

Carmem Lygia Burgos Ambósio
Coordenadora do Bioquímica Solidária

Sequência comportamental de saciedade: um modelo experimental para o estudo do comportamento alimentar

Rev. Nutr. vol.24 no.4 Campinas July/Aug. 2011

Lisiane dos Santos OliveiraI; Sandra Lopes de SouzaII; Raul Manhães-De-Castro


ABSTRACT

Feeding behavior is controlled by interactions between psychobiological and physiological systems. In rats, there is a sequence in the feeding behavior that is characterized by similar movements at the beginning and end of a meal, known as the behavioral satiety sequence. In the sequence, eating is followed by grooming and other activities, and ends with resting. The objective of this systematic review is to evaluate the use of the behavioral satiety sequence as an experimental model for the study of feeding behavior. A systematic search of the electronic databases MedLine, Lilacs, SciELO, Cochrane Library and PubMed was done from November 2007 to January 2008, using combinations of the keywords "behavioral," "satiety" and "sequence". Ninety articles were found and, of these, fifteen articles were selected for the review. The studies demonstrated the efficacy of using behavioral satiety sequence to evaluate the effects of some types of manipulations on feeding behavior. With this study method it was also possible to observe different factors that can interfere with feeding behavior, such as sedation, malaise or intake inhibition, by increasing satiety. Behavioral satiety sequence offers solid tools for gaining a better understanding of how treatment can influence feeding behavior.

Indexing terms: Feeding behavior. Resting. Satiety response.

RESUMO

O comportamento alimentar é controlado por interações entre sistemas psicobiológicos e fisiológicos. Em ratos, existe uma sequência no comportamento alimentar que é caracterizada por movimentos similares no início e no término de uma refeição, conhecida como sequência comportamental de saciedade. Na sequência, o ato de comer é seguido pela limpeza e outra atividades, terminando com o descanso. O objetivo dessa revisão sistemática é avaliar o uso da sequência comportamental de saciedade como um modelo experimental para o estudo do comportamento alimentar. Uma busca sistemática das bases de dados MedLine, Lilacs, SciELO, Biblioteca Cochrane e PubMed foi realizada, no período de novembro de 2007 a janeiro de 2008, usando combinações das palavras chaves "behavioral", "satiety" e "sequence". Noventa artigos foram encontrados e, desses, quinze artigos foram selecionados para a revisão. Os estudos mostraram a eficácia do uso da sequência comportamental de saciedade para a avaliação dos efeitos de alguns tipos de manipulações sobre o comportamento alimentar. Com esse método de estudo, também é possível observar diversos fatores que podem intervir no comportamento alimentar, assim como sedação, mal-estar ou inibição do consumo por aumento da saciedade. A sequência comportamental de saciedade oferece sólidas ferramentas para obter um entendimento melhor de como um tratamento pode influenciar o comportamento alimentar.

Termos de indexação: Comportamento alimentar. Descanso. Resposta de saciedade.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Avaliação do conhecimento nutricional de atletas profissionais de atletismo e triathlon

Revista Brasileira de Medicina do Esporte
versão impressa ISSN 1517-8692
Rev Bras Med Esporte vol.17 no.4 Niterói jul./ago. 2011

A alimentação adequada é a chave para a melhora do desempenho esportivo. Com isso, um conhecimento nutricional satisfatório torna-se importante para as práticas alimentares saudáveis e, consequentemente, mais eficazes para o rendimento. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento nutricional de atletas profissionais de atletismo e triathlon. Foram avaliados 50 atletas com idade média de 32,4 ± 11,1 anos, sendo 37 (74%) do sexo masculino. Os atletas preencheram um questionário que continha informações sobre treinamento, consultas nutricionais e a escala de conhecimento nutricional validada. Para associar o conhecimento nutricional com as variáveis de escolaridade e consulta com nutricionista, foi utilizado o teste do Qui-quadrado, e para correlacionar as variáveis ordinais foram utilizadas a correlação de Pearson. Os atletas treinavam a 9,4 + oito anos, 82% possuíam nível superior incompleto ou completo e 70% já haviam consultado um profissional nutricionista. A média de pontos da escala foi de 9,6 ± 2,2 pontos, que corresponde à classificação de "moderado conhecimento nutricional", e não foi verificada diferença estatisticamente significativa entre o conhecimento nutricional e o sexo (p = 0,067). Ter frequentado ou não um curso superior não modificou o conhecimento nutricional destes atletas (p = 0,352), assim como consultar ou não o nutricionista (p = 0,362). Porém, quanto maior a escolaridade, maior foi o número de atletas que relataram o acompanhamento com o nutricionista. Estes resultados apontam para a necessidade de educação continuada em nutrição para atletas profissionais, bem como a necessidade de outros estudos avaliando o conhecimento nutricional neste público.