sábado, 30 de julho de 2011

Repercussão no aparelho locomotor da prática do judô de alto nível

1) Sobre o judô

Os primórdios da origem do judô perdem-se na penumbra dos tempos. A crônica antiga do Japão (Nihon Shoki), escrita por ordem imperial no ano de 720 de nossa era, menciona a existência de certos golpes de habilidade e destreza utilizados nos combates corporais e também como complemento da força física e mental. As técnicas de ataque e defesa utilizadas na época guardam semelhança com os golpes contemporâneos do sumô e do antigo jujutsu. Não havia regras de combate e as lutas poderiam desenvolver-se até a morte de um dos competidores. Foi em 1882 que o judô teve sua origem oficial com a padronização de normas com a finalidade de tornar o aprendizado mais fácil, bem como o estabelecimento de regras para um confronto esportivo.
O executor dessa proeza foi um verdadeiro estudioso do antigo jujutsu, mas que discordava do espírito de “lutar até a morte” preconizado, achando que uma atividade física deveria servir, em primeiro lugar, para a educação global dos praticantes. Seu nome era Jigoro Kano, o pai do judô. A partir de então o judô, designado “caminho suave”, difundiu-se dentro e fora do Japão e, com modificações, foi adquirindo novas regras de combate que o modernizaram, tornando-o mais fácil de ser entendido pelos espectadores.

2) O judô como esporte olímpico
O judô surgiu nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, inicialmente com apenas três categorias conforme o peso e mais uma categoria aberta (absoluta). Foi em 1974 que a FIJ (Federação Internacional de Judô) introduziu as novas regras do judô, com o objetivo de torná-lo mais dinâmico, dando mais ação às lutas e tornando mais fácil a assimilação pelo público leigo. Essas novas regras passaram a vigorar a partir dos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, contribuindo para melhorar sobremaneira a imagem do judô como esporte internacional e quando foi introduzida a divisão em sete categorias conforme o peso, que vigora até hoje. O judô na Ásia, Europa, América do Norte (EUA e Canadá)e América do Sul (Brasil e Argentina) é hoje amplamente difundido nos meios esportivos, sendo quase um esporte profissionalizado em alguns países como França, Alemanha, Bélgica, Itália e outros.

3) O atleta de judô
O judô é uma arte marcial que, por não permitir técnicas de socar e chutar, caracteriza o fator força como de extrema importância, com inegável sobrecarga do sistema músculoesquelético. Apresenta também uma característica singular por aceitar ampla variedade de biótipos entre seus competidores; atletas altos e baixos, leves e pesados, brevilíneos e até longilíneos são vistos em treinamento. Apesar dessa ampla variedade, o esporte seleciona e desenvolve no praticante algumas características comuns, tais como equilíbrio, agilidade, força estática de membros superiores e explosão de membros inferiores, assim como capacidade aeróbica e anaeróbica. O Brasil tem tradição nesse esporte, que começou com a imigração dos primeiros professores japoneses no início do século, desenvolvendo um trabalho de ensino nos moldes do judô tradicional.Tendo sido praticado inicialmente pelos descendentes de japoneses que vieram ao Brasil e rapidamente difundido entre os brasileiros, hoje o país tem grande expressão em nível mundial, bem demonstrada pelos resultados obtidos em torneios internacionais, campeonatos mundiais e Olimpíadas. O elevado número de praticantes, uma representatividade importante de seus atletas em competições regionais, nacionais e internacionais, e os problemas relacionados às lesões que afetam os atletas deste esporte, levaram-nos à execução este trabalho.


Maiores informações: JOÃO GILBERTO CARAZZATO, HENRIQUE CABRITA, WAGNER CASTROPIL. Rev Bras Ortop _ Vol. 31, Nº 12 – Dezembro, 1996.

Site do artigo: http://www.rbo.org.br/1996_dez_57.pdf

O legado crítico de Pierre Bourdieu: uma convocação aos intelectuais para que abandonem a “cidade do saber” e passem a enfrentar a fúria do mundo

O sociólogo francês Pierre Bourdieu morreu na noite do dia 23 de Janeiro, num hospital de Paris, em consequência de um cancer, aos 71 anos de idade. Catedrático de sociologia no Colége de France, Pierre Bourdieu era considerado um dos intelectuais mais influentes da sua época. A educação, a cultura, a literatura e a arte foram os seus primeiros objetos de estudo. Nos últimos anos, Bourdieu vinha-se dedicando ao estudo dos meios de comunicação e da política. Autor de uma sofisticada teoria dos campos de produção simbólica, o sociólogo procurou mostrar que as relações de força entre os agentes sociais apresenta-se sempre na forma transfigurada de relações de sentido. A violência simbólica, outro tema central da sua obra, não era considerada por ele como um puro e simples instrumento ao serviço da classe dominante, mas como algo que se exerce também através do jogo entre os agentes sociais.

Um dos pontos mais originais da obra de Bourdieu reside na vontade de superar o que ele chamava de "falsas antinomias" da tradição sociológica – entre interpretação e explicação, estrutura e história, liberdade e determinismo, indivíduo e sociedade, objectivismo e subjectivismo. Pierre Bourdieu não era apenas um pesquisador excepcional, reconhecido pela comunidade académica internacional, mas um intelectual empenhado nas lutas sociais e no debate público, na tradição francesa que reúne nomes como Émille Zola e Jean-Paul Sartre. Na década de 90, aprofundou esse seu empenhamento nos movimentos sociais, trabalhando pela criação do que chamava “uma esquerda da esquerda”, ou seja, uma esquerda que recusasse os compromissos que, ao longo do século XX, foram sendo assumidos pela esquerda europeia mais tradicional. No caso da França, especialmente pelo Partido Socialista. Em 1992, o sociólogo afirmou: “Dez anos de poder socialista (a era Miterrand) provocaram a demolição da crença no Estado e a destruição do Estado-providência em nome dos ideais liberais”.

"A cidade dos sábios"

Face ao silêncio dos políticos diante dos problemas sociais, Bourdieu passou a apelar para a mobilização dos intelectuais. “O que defendo”, costumava dizer, “é a possibilidade e a necessidade do intelectual crítico”. Para Bourdieu, não pode haver democracia efectiva sem um verdadeiro contra-poder crítico. O sociólogo dedicou os seus últimos anos de vida a combater o neoliberalismo sob todas as suas formas. Colocou os seus conhecimentos científicos ao serviço do empenhamento político. Numa de suas últimas obras, Contre-feux 2, Pour um mouvement social européen, Bourdieu afirma: “Fui levado pela lógica do meu trabalho a ultrapassar os limites que eu mesmo havia estabelecido em nome de uma ideia de objectividade que, percebi, era uma forma de censura”. Ultrapassar esses limites, para ele, significava tirar o saber para fora da “cidade dos sábios” e colocá-lo a serviço das lutas sociais contra o neoliberalismo.

Um dos principais alvos de crítica de Bourdieu, nos seus últimos anos de vida, foram os meios de comunicação, que estariam, segundo ele, cada vez mais submetidos a uma lógica comercial inimiga da palavra, da verdade e dos significados reais da vida. Era um crítico feroz do lixo cultural produzido pela mídia contemporânea. Na sua obra Questions aux vrais maîtres du monde, afirmou: “Esse poder simbólico que, na grande maioria das sociedades, era distinto do poder político ou económico, hoje está concentrado nas mãos das mesmas pessoas que detêm o controle dos grandes grupos de comunicação, quer dizer, que controlam o conjunto dos instrumentos de produção e de difusão dos bens culturais."

Bourdieu também era um crítico da globalização (ou mundialização, como preferem os franceses) financeira. Recusava a escolha entre a mundialização concebida como “submissão às leis do comércio” e a defesa das culturas nacionais ou de qualquer forma de nacionalismo ou localismo cultural. Ao fazer essa recusa, defendia a construção de um movimento social europeu como primeira etapa da construção de um movimento social internacional, no espírito daquele que tem vindo a ser construído em torno do Fórum Social Mundial. Deixa um legado importante e uma convocação veemente aos intelectuais para que abandonem a “cidade do saber” e passem a enfrentar o som e a fúria do mundo.


MARCO WEISSHEIMER

* Publicado em Portal Popular e também em Porto Alegre 2002

Impacto do envelhecimento nas variáveis antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão física

Esta revisão teve como objetivo analisar os principais efeitos do envelhecimento em diferentes componentes da aptidão física: antropométricos, neuromusculares e metabólicos. Considerando as variáveis antropométricas, o processo de envelhecimento é acompanhado por um aumento do peso corporal, especialmente dos 40 aos 60 anos de idade, com diminuição após os 70 anos de idade; diminuição da estatura corporal gradativa, explicada, em grande parte, pela perda de massa óssea; aumento da gordura corporal, diminuição da massa livre de gordura e seus principais componentes (mineral, água, proteína e potássio); diminuição da taxa metabólica de repouso, massa muscular esquelética e massa óssea. Nos aspectos neuromotores, o aumento da idade cronológica é acompanhado por uma perda da área dos músculos esqueléticos, explicada pela diminuição do número e tamanho das fibras musculares (em especial, das
fibras de contração rápida do tipo IIb) e uma perda gradativa da força muscular e, portanto, do desempenho neuromotor. Nas variáveis metabólicas, os principais efeitos, na aptidão física, acontecem na diminuição da potência aeróbica (consumo máximo de oxigênio) em torno de 1% por ano, mesmo em indivíduos ativos. Esses efeitos deletérios do envelhecimento têm sido apresentados especialmente em estudos
transversais, com grupos de ambos os sexos e faixas etárias variando dos 20 aos 90 anos de idade, com escassas evidências de estudos longitudinais. Os efeitos da perda começam a ser aparentes em torno dos 50 anos de idade e na maior parte das variáveis da aptidão física, a perda é gradativa e em torno de 1% ao ano ou 10% por década de
vida. No entanto, os indivíduos ativos apresentam também alterações na aptidão física com o processo de envelhecimento, essas perdas parecem ser menores, em relação aos indivíduos sedentários.

Maiores informações: Matsudo, S.M., Matsudo, V.K.R. e Barros Neto, T.L., Impacto do envelhecimento nas variáveis antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão física. Rev. Bras. Ciên. e Mov. 8 (4): 21-32, 2000.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Código de Ética da Educação Física e os caminhos da profissão (Lei 9.696/98)

Indiscutivelmente a Educação Física é uma área em expansão. O número de instituições que apostam neste crescimento também alarga os horizontes deste setor que congrega múltiplas atividades humanas. Cresce também o número de cursos superiores de Educação Física e dos possíveis espaços a serem (re)criados de forma a alocar os egressos no mercado de trabalho. Este artigo procura discutir a Educação Física como uma nova profissão, visto que a Lei 9.696/98 (regulamentação e fundação dos Conselhos profissionais da Educação Física) começa na prática, a organizar o funcionamento da profissão. Entre outras possibilidades um Código de Ética profissional representa uma importante ferramenta que visa, a partir dos profissionais da área, promover a socialização e a qualidade das manifestações da educação e das atividades físicas.

As expectativas em torno de seu significado cresceram após a publicação da resolução nº 25/2000 que dispõe sobre o código de ética dos profissionais. O documento faz referência ao Manifesto Mundial de Educação Física FIEP 2000, organismo internacional fundado em 1923, no qual se preconiza a readaptação e o aperfeiçoamento das atuações. Cita o I Simpósio de Ética no Esporte e na Atividade Física e destaca que a minuta do Código foi disponibilizada na internet para reflexão e análise. (cf. Confef, Resolução 25/2000).

Sob a responsabilidade dos professores João Batista Andreotti Gomes Tojal, Lamartine Pereira da Costa, Heron Beresford e Antonio Roberto da Rocha Santos (além das análises dos professores Alberto dos Santos Puga Barbosa, Carlos Alberto Oliveira Garcia e José Maria de Camargo Barros) as principais razões que justificam a existência de um código de ética para a área situam-se na tentativa de formar um consenso mínimo entre os profissionais de Educação Física, que seriam os condutores, no plano individual e subjetivo, da realização ética. Diz a resolução em seus considerandos que o CONFEF, sendo formador de opinião e assumindo compromisso ético e moral na promoção de maior justiça social, deve disciplinar a promoção das atividades físicas, desportivas e similares através dos direitos e deveres universalmente aceitos.

“A ética tem como objetivo estabelecer um consenso suficientemente capaz de comprometer todos os integrantes de uma categoria profissional a assumir um papel social, fazendo com que, através da intersubjetividade, migre do plano das realizações individuais para o plano da realização social e coletiva.” (Confef/Cref, 2000)



O profissional da área como elo de ligação com a sociedade é o elemento que articula teorias com práticas para a difusão, através do esporte, do jogo, da ginástica, da brincadeira, das manifestações rítmicas, da música e das atividades de lazer, dar qualidade social à vida. Além da necessária preparação profissional, os espaços institucionais podem ser (re) criados com a perspectiva de contribuir no convívio democrático das relações. Isso significa uma aproximação entre aquele que elabora e executa ações (o professor) e aqueles que buscam aprendizagem (os alunos). Tal aproximação, conduzida em ambiente democrático constitui a alternativa privilegiada da ação pedagógica e com ela a ética como valor fundamental, desenvolve sua potencialidade.

Regulamentar a ética em um código para a Educação Física, não é, todavia, um processo sem contradições. Isso por que historicamente, a área se constituiu como espaço escolar, isto é, como espaço de ensino na instituição-escola, e o profissional responsável, chamado de professor de Educação Física, com vínculos majoritariamente, educacionais, já possuía a normatização de seu exercício profissional. Não havia até a década de 1980 em nosso país, o grande número de academias de ginástica e espaços alternativos como ruas de lazer, clubes e hotéis que hoje se alastra até em cidades pequenas. Com a ampliação do setor de serviços, a década de 1990 trouxe um certo alargamento no mercado profissional da Educação Física. Com isso dois fenômenos puderam ser observados: o sucateamento e abandono da área escolar do ensino básico (com início desde a década de 1970) e as interferências de outras áreas profissionais, como fisioterapia, psicologia e esporte competitivo. Se de um lado, o ensino da Educação Física na escola passou a ser sistematicamente desvalorizado, por outro o status profissional destas outras áreas direcionou as intenções de alguns professores que almejavam uma profissão estável e portanto, regulamentada. Além disso, ser professor de Educação Física significava desprestígio em relação aos professores de outras disciplinas. Uma das raízes históricas que explica tal isolamento do professor de Educação Física está na relação do trabalho manual com o trabalho intelectual. Enquanto o primeiro representa a escravidão e as atividades corporais com sentido de desgaste físico, o segundo diz respeito às atividades consideradas nobres e distanciadas da prática, que nesta ótica está abaixo da mente e portanto, descomprometida com o conhecimento.


Maiores informações: Renato Sampaio Sadi. http://mncref.vilabol.uol.com.br/a26.htm

quinta-feira, 28 de julho de 2011

BIOMECÂNICA E NATAÇÃO

RESPOSTAS FISIOLÓGICAS E BIOMECÂNICAS DE NADADORES EM DIFERENTES INTENSIDADES DE NADO.

Roberta Gabriela Oliveira Gatti, Oscar Amauri Erichsen, Sebastião Iberes Lopes Melo

Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Volume 6 – Número 1 – p. 26-35 – 2004

O objetivo deste estudo foi analisar as respostas fisiológicas e biomecânicas de nadadores em diferentes intensidades de nado. A amostra, intencionalmente escolhida, foi composta por sete atletas que possuíam índices de participação em campeonato brasileiro absoluto. Foi utilizada como tarefa de estudo uma série de 8x200 metros nado livre com velocidades de 80%, 85%, 90%, 95% e 100% do percentual de esforço de cada nadador. Como instrumento utilizou-se uma filmadora 60Hz e um lactímetro da Accusport mMol. No tratamento estatístico fez-se uso da estatística descritiva, análise de variância (ANOVA), “post-hoc” Tukey e correlação de Spearman, todos com nível de significância de 95%. Buscou-se com a análise estatística identificar as diferenças entre os atletas para as variáveis lactato sanguíneo, frequência de braçada (FB) e dimensão de braçada (BR) nas diferentes intensidades. A partir dos resultados pode-se constatar que os atletas apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre as intensidades de esforço, tanto nas respostas fisiológica quanto na biomecânica da técnica de nado, situação observada, principalmente, em níveis acima de 95% de esforço. Constatou-se também alta correlação entre as variáveis lactato com freqüência de braçada, e com o comprimento da braçada, e da freqüência de braçada com o comprimento de braçada, sendo as duas últimas inversas, indicando que a série utilizada foi adequada para analisar respostas fisiológica e biomecânica em nadadores. Os resultados possibilitaram concluir que com o aumento da intensidade há necessidade de ajustes mecânicos para que os atletas possam suportar diferentes velocidades. Também foi possível estabelecer a velocidade de nado ideal para cada zona energética, fornecendo subsídios para técnicos e atletas treinarem as variáveis velocidade e técnica de nado dentro das zonas energéticas específicas.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Fisiologia do Exercício aplicada a JOGADORES DE FUTEBOL

Consumo máximo de oxigênio e limiar anaeróbio de jogadores de futebol: comparação entre as diferentes posições

Pedro Balikian, Aparecido Lourenção, Luiz Fernando Paulino Ribeiro, Wilham Tadeu Lara Festuccia e Cassiano Merussi Neiva
Rev Bras Med Esporte _ Vol. 8, Nº 2 – Mar/Abr, 2002

O grau de desenvolvimento das capacidades físicas no futebol é fator determinante do nível desportivo do jogador. O objetivo do presente estudo foi comparar valores de limiar anaeróbio e consumo máximo de oxigênio entre jogadores profissionais de futebol de diferentes posições. Para tanto, 25 atletas (idade = 22,08 ± 8,28 anos, peso = 76,12 ± 9,8kg, altura = 179,8 ± 7,1cm e relação corporal = 12,21 ± 3,67% de gordura corporal) foram divididos em cinco grupos, como se segue: goleiros (GO), zagueiros (ZA), laterais (LA), meio-campistas (MC) e atacantes (AT). O VO2max foi determinado em esteira ergométrica através de análise direta e a velocidade de corrida correspondente ao limiar anaeróbio fixo de 4mM (V4mM), em teste de campo (2 x
1.000m a 90 e 95% da velocidade máxima para a distância) através de interpolação linear.
A V4mM foi menor (p < 0,05) para o grupo GO em relação aos demais grupos. Além disso, os grupos LA e MC apresentaram valores de V4mM significantemente maiores em relação aos grupos ZA e AT. O grupo GO mostrou VO2max significantemente menor em relação a todos os outros grupos, sendo que estes últimos não apresentaram diferença entre si. Uma vez que os atletas de diferentes posições não realizavam treinamento diferenciado, os autores creditam as diferenças encontradas à especificidade da movimentação durante partidas e coletivos.


SITE DO ARTIGO: http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbme/v8n2/v8n2a02.pdf

terça-feira, 26 de julho de 2011

VOCÊS SABEM O QUE É "PLASTINAÇÃO"?





A Plastinação é o procedimento técnico e moderno da preservação de matéria biológica, criado pelo artista e cientista Gunther von Hagens em 1977, e que consiste extrair os líquidos corporais, tais como como a água e os lípidos, através de métodos químicos (acetona fria e morna), para o substituir por resinas elásticas de silicone e rígidas epóxicas.

Esta técnica, tem numerosas vantagens, tanto quanto o conservação dos corpos, como na textura, coloração e na aproximação à coisa natural, proporciona uma boa manipulação do corpo, e durável sem necessidade de manutenção.

A plastinação levanta problemas de carácter moral, ético, religioso e legal, pela manipulação dos corpos doados por vontade da pessoa em vida. Não obstante estas questões, teve uma aceitação muito boa por parte da comunidade científica, do público e mesmo de alguns países da Europa, China, Rússia, Japão, Estados Unidos e México entre outros, onde neste último, foram aplicados pela primeira vez em 1999.

A finalidade da plastinação é a instrução nas ciências naturais, o conhecimento nas áreas de saúde e a exibição museográfica.

I CORRIDA RÚSTICA DO CAV

GOSTARIA DE CONVIDA-LOS PARA A NOSSA 1a CORRIDA RÚSTICA DO CAV. MAIORES INFORMAÇÕES:
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO ESPORTE.



segunda-feira, 25 de julho de 2011

Regulação do metabolismo de glicose e ácido graxo no músculo esquelético durante exercício físico

O ciclo glicose-ácido graxo explica a preferência do tecido muscular pelos ácidos graxos durante atividade moderada de longa duração. Em contraste, durante o exercício de alta intensidade, há aumento na disponibilidade e na taxa de oxidação de glicose. A produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) durante a atividade muscular sugere que o balanço redox intracelular é importante na regulação do metabolismo de lipídios/carboidratos. As EROs diminuem a atividade do ciclo de Krebs e aumentam a atividade da proteína desacopladora mitocondrial. O efeito oposto é esperado durante a atividade moderada. Assim, as questões levantadas nesta revisão são: Por que o músculo esquelético utiliza preferencialmente os lipídios no estado basal e de atividade moderada? Por que o ciclo glicose-ácido graxo falha em exercer seus efeitos durante o exercício intenso? Como o músculo esquelético regula o metabolismo de lipídios e carboidratos em regime envolvendo o ciclo contração-relaxamento.

Leonardo R. Silveira, Carlos Hermano da Justa Pinheiro, Claudio C. Zoppi, Sandro M. Hirabara, Kaio F. Vitzel, Reinaldo A. Bassit, Carol G. Leandro, Marina R. Barbosa, Ana Carolina Boni, Igor H. Sampaio, Iracema H. P. Melo, Jarlei Fiamoncini, Everardo M. Carneiro, Rui Curi Arq Bras Endocrinol Metab. 2011;55(5):329-39

Mensagem da Diretora do CAV para todos os docentes

Colegas,
Hoje iniciamos o nosso Forum Permanente de Discussão Pedagógica do CAV, com a palestra da Professora Maria Zélia Santana que falou sobre os "Pilares da Prática Pedagógica para o Século XXI". Mesmo com muitos colegas de férias compareceram 15 docentes, o que para nós é um bom início, considerando que a presença é por adesão e não por obrigação!
As reuniões terão periodicidade quinzenal, sempre no turno da tarde, com mobilidade no dia da semana. Como hoje é segunda-feira a próxima reunião será na terça-feira 09/08. Oportunamete enviaremos o tema.
Compareça, participe, traga a sua experiência! Esperamos por você!
Atenciosamente,
Florisbela Campos

Fórum Permanente de Discussões Pedagógicas do CAV-UFPE

Nesta segunda-feira (25/07/2011) à tarde, a Profa Zélia Santana do Núcleo de Ciências Bológicas do CAV, apresentou a belíssima palestra sobre "Práticas Pedagógicas" para os professores. Na palestra, foram discutidos os quatro pilares da educação segundo Jacques Delors:

Aprender a conhecer

Aprender a fazer

Da noção de qualificação à noção de competência

A "desmaterialização" do trabalho e a importância dos serviços entre as atividades assalariadas

O trabalho na economia informal

Aprender a viver juntos, aprender a conviver com os outros

A descoberta do outro

Tender para objetivos comuns

Aprender a ser


Vários colegas do NEFCS estiveram presentes inclusive três dos recém-contratados Professores Temporários. Também esteve presente a Vice-coordenadora do Núcleo de Nutrição, a Profa Wylla Tatiana. No final do Forum, o Prof Marco Fidalgo (Coordenador do curso de Licenciatura do NEFCS-CAV) apresentou um vídeo com as fotos das atividades didáticas realizadas nas aulas de Fisiologia, Fisiologia da nutrição e Atletismo/Ginástica.

Fica aqui o convite para os demais colegas do CAV para participarem do próximo Forum que será marcado muito em breve.

grande abraço

Carol Leandro

Mais informações sobre a Prfa Maria Zélia de Santana.

Possui Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco(2007); Especialização em Educação Especial pela Pontífice Universidade Católica do Rio de Janeiro-PUC (2001) e Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE (1987);Professora da Educação Básica - Secretaria Estadual de Educação ( 1984 - 2009); Coodenadora Pedagógica da Escola de Aplicação Professor Chaves - UPE ( 1999 - 2000); Diretora-Presidente da Associação Limoeirense de Educação e Cultura ( 2003 -2009) Secretária de Educação, Cultura, Turismo, Esportes e Comunicação ( 2002 -2003); Coordenadora Pedagógica dos cursos de Especialização em Gestão Educacional e Supervisão Escolar e Docência Educacional e Organização Escolar da Faculdade Integrada de Pernambuco (2003 -2009); Secretária Adjunta de Educação Municipal do Carpina ( 2005 a 2006); Secretária Municipal de Educação do Carpina (2007 -2009); Professora do Estado de Pernambuco ( 1983 -2009), Professora da Universidade de Pernambuco ( 1999 - 2000), Professora da Universidade Federal de Pernambuco (2001 - 2003); Professora da Faculdade Integrada de Pernambuco ( 2003-2005); Professora Assistente I da Universidade Federal de Pernambuco - CAV -UFPE a partir de 2009. Palestrante Oficial voluntária do Projeto de Erradicação do Analfabetismo - Rotary Clube Carpina ( desde 2009); Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Inclusiva, Língua Brasileira de Sinais -LIBRAS, Pratica Pedagógica, Gestão Educacional, Política Educacional, Formação de Professor, Gestão Municipal. Projeto de Pesquisa. Participa do Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em Educação, Sociedade e Subjetividade (GEPIESS)

domingo, 24 de julho de 2011

A ciência da nutrição em trânsito: da nutrição e dietética à nutrigenômica

Este artigo é interessante por tratar da trajetória histórica da nutrição e o processo de produção do conhecimento.

Francisco de Assis Guedes de Vasconcelos. Rev. Nutr. vol.23 no.6 Campinas Nov./Dec. 2010.
Site do artigo em PDF: http://www.scielo.br/pdf/rn/v23n6/01.pdf


No cenário mundial, a emergência do campo da Nutrição foi um fenômeno característico do início do século XX. No Brasil, a emergência da Nutrição localizou-se na área das Ciências da Saúde (ou Ciências da Vida), caracterizando-se, à primeira vista, como uma ciência de natureza biológica. Este artigo tem por objetivo analisar a trajetória do processo de produção do conhecimento científico que garantiu especificidade ao campo da Nutrição no Brasil, da emergência aos dias atuais. Os pressupostos teóricos que norteiam o artigo são: o conceito de campo científico, desenvolvido por Pierre Bourdieu e os conceitos de paradigma e comunidade científica, introduzidos por Thomas Samuel Kuhn. A análise histórica evidencia que desde o seu nascimento, além da natureza biológica, a Nutrição brasileira assumiu dimensões sociais e ambientais, caracterizando-se como um campo de conhecimento multidisciplinar, constituído a partir da integração de Ciências Biológicas, Ciências Sociais e Ciências dos Alimentos e Nutrição. Nas últimas décadas, com o intenso desenvolvimento da comunicação e informática, da genética e das teorias sobre a sustentabilidade ecológica do planeta Terra, importantes mudanças paradigmáticas têm ocorrido no campo da Nutrição. Portanto, pode-se afirmar que a Nutrição estaria vivenciando a era pós-genômica, constituindo-se uma ciência multidisciplinar, caracterizada pela integração das dimensões biológica, social e ambiental.