domingo, 3 de julho de 2011

Fatores determinantes do desempenho na escalada esportiva: umas das contribuições da Professora Maria Augusta Kiss para o desenvolvimento das ciências

Este artigo foi publicado recentemente na Revista Brasileira de Medicina do Esporte por Rômulo BertuzziI ; Flávio de O. PiresI ; Adriano E. Lima-SilvaI ; João F. L. Gagliardi ; Fernando R. De-Oliveira.

A escalada esportiva surgiu no início da década de 1980 como uma forma de treinamento físico e técnico para os escaladores de alta montanha. Porém, com o decorrer dos anos, ela ganhou os seus próprios adeptos, sobretudo devido à sua maior acessibilidade quanto comparada com as escaladas alpinas. Durante as ascensões de rotas de escalada esportiva, os atletas devem alcançar o ponto mais alto de uma determinada rota sem fazer uso de apoios artificiais. Segundo a Federação Internacional de Escalada Esportiva, atualmente mais de 45 países participam regularmente de competições indoor realizadas em âmbito continental e mundial. Consequentemente, diversos trabalhos foram conduzidos no intuito de se analisar as variáveis morfofuncionais responsáveis pelo sucesso desses atletas. Nesse sentido, o objetivo deste artigo de revisão foi abordar os principais fatores determinantes do desempenho na escalada esportiva.

A maioria dos trabalhos descritos neste estudo fez parte de uma das orientações da Professora Doutora Maria Augusta Peduti Dal' Molin Kiss(1), a qual nós mencionaremos respeitosamente neste texto de Profa. Kiss. A "Escola Kiss de Orientações" deu início no ano de 1981 e formou, até o momento, 27 mestres e 12 doutores que hoje desempenham papéis importantes no cenário acadêmico nacional. Nesse momento, mais um ciclo da sua carreira se completa, o que resultou neste trabalho de revisão, em homenagem por ocasião da sua aposentadoria. Todavia, a escolha do tema para este artigo não foi uma missão fácil, haja vista que a Profa. Kiss atuou em diversas áreas correlatas ao desempenho esportivo. Ela orientou trabalhos importantes em esportes contínuos e intermitentes a partir de abordagens bioenergéticas, neuromotoras, morfológicas e do sistema autonômico. Certamente, essa abrangência dificulta a apresentação sucinta e objetiva das suas contribuições em um único trabalho. A escolha da escalada esportiva como tema da presente revisão não se deu apenas em virtude da nossa familiaridade com o tema(1-3), mas também devido a uma carência de artigos sobre esse esporte. Portanto, além de prestar uma homenagem à Profa. Kiss, nós pretendemos cobrir uma lacuna científica existente na literatura nacional acerca da escalada esportiva. Neste artigo de revisão serão apresentadas as relações entre variáveis morfológicas, funcionais e o desempenho na escalada.

Rev Bras Med Esporte vol.17 no.2 Niterói mar./abr. 2011

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