domingo, 4 de setembro de 2011

Alteração da relação testosterona: cortisol induzida pelo treinamento de força em mulheres

RESUMO

A razão entre a concentração de testosterona e cortisol (T:C) é freqüentemente utilizada como indicativo do nível de estresse imposto pelo exercício. Alterações na concentração destes hormônios são responsáveis por modular diversas respostas induzidas pelo treinamento, como hipertrofia e ganho de força. O objetivo do presente estudo foi examinar a influência do protocolo de treinamento de força, conhecido como múltiplas-séries (MS), sobre o ganho de força, de resistência muscular localizada e a relação entre a concentração de hormônios catabólicos (cortisol) e anabólicos (testosterona). Para testar esta hipótese cinco jovens do sexo feminino com um ano de experiência em treinamento de força foram submetidas ao protocolo MS. As amostras de sangue foram coletadas antes e imediatamente após o exercício, no primeiro dia e após oito semanas de treinamento. Os testes de 1-RM e de repetições máximas foram realizados também no início e ao final das oito semanas de treinamento de força. Não foram observadas alterações na massa corporal, no IMC, na percentagem de massa gorda e na força máxima (1-RM) no supino, no agachamento e na rosca direta. O número de repetições máximas a 50% de 1-RM foi aumentado apenas para o supino (p < 0,05). Não foi observada alteração na concentração de testosterona total. Com relação à concentração plasmática de cortisol, após oito semanas de treino, na situação de repouso, foi reduzida (38% – p < 0,05). Em conseqüência da atenuação da secreção de cortisol após oito semanas de treinamento, a razão T:C apresentou elevação de 20% na situação de repouso (p < 0,05). Apesar de não terem sido detectadas alterações funcionais nos testes de 1-RM e repetições máximas, o método MS induziu um quadro hormonal favorável ao anabolismo protéico.




Marco Carlos UchidaI, IV, V, VI; Reury Frank Pereira BacurauI, III; Francisco NavarroI, III, IV; Francisco Luciano Pontes Jr.I; Vitor Daniel TessutiV; Regina Lúcia MoreauII; Luís Fernando Bicudo Pereira Costa RosaIV; Marcelo Saldanha AokiI, IV

ILaboratório de Fisiologia do Exercício – Faculdade de Educação Física - Centro Universitário UniFMU, SP
IILaboratório de Análises Toxicológicas – Faculdade de Ciências Farmacêuticas – USP, SP
IIIPrograma de Pós-graduação Lato-Senso em Fisiologia do exercício – Universidade Gama Filho, RJ
IVInstituto de Ciências Biomédicas – USP, SP
VColégio Marista Arquidiocesano de São Paulo, SP
VIFaculdade de Educação Física – UNIFIEO, Osasco, SP

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